Pesquisa inédita releva como a brasileira cuida do coração

A Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) está empenhada em mudar o panorama da incidência de problemas cardíacos entre as brasileiras. Por meio da campanha Mulher Coração, cuja embaixadora é a diretora do instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, realiza ações permanentes de conscientização sobre a importância da prevenção e redução dos altos índices de mortalidade.

A SBCM apresenta dados de uma pesquisa inédita realizada com 692 brasileiras, mapeando o histórico de saúde, seus hábitos de vida, fatores de estresse e rotina profissional, relacionando o conjunto dessas informações aos riscos de eventos cardiovasculares

Atualmente, as doenças cardíacas na mulher já ultrapassam as estatísticas dos tumores de mama e útero. Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), respondem por um terço das mortes no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil mulheres por dia. Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

Diante de tal realidade, alguns dados coletados pela pesquisa da campanha Mulher Coração são alentadores. Em primeiro lugar, mais da metade das pesquisadas está na faixa de 36 a 55 anos, uma fase em que há mais preocupação com mudança de hábitos, busca pela vida mais saudável e cuidados preventivos. Porém, essa faixa etária também é a que as mulheres têm a vida mais ativa, ou seja, trabalham e cuidam da família.

Quase 55% das mulheres pesquisadas trabalham mais de 8 horas por dia, sem contar a rotina familiar e doméstica, que geralmente é bastante estressante e cansativa. Cerca de 70% delas acreditam que o estresse é causado pelo trabalho. Depois aparecem ansiedade, família, violência e trânsito, respectivamente, como fatores adicionais.

Quase 80% possuem histórico de hipertensão na família e cerca de 70% histórico de doenças cardiovasculares, que são importantes fatores de risco. Felizmente, mais de 70% delas já consultaram um clínico geral ou cardiologista sobre a saúde de seu coração. Praticamente 70% têm o costume de ir ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano.

Pouco mais da metade faz quatro ou mais refeições por dia, o que é uma das principais recomendações para manutenção de um bom hábito alimentar. Apenas 15% se declararam fumantes ou ex-fumantes e mais de 60% praticam atividades físicas de uma a duas vezes por semana, o que, apesar de parecer pouco, traz grandes benefícios ao corpo. Quase 80% das mulheres fazem atividades de lazer de uma a duas vezes por semana.

Espaço médico

XI Congresso Paulista de Neurologia contempla inovações

De 24 a 27 de maio, a Associação Paulista de Neurologia (APAN), em conjunto com a Associação Paulista de Medicina (APM), realiza o XI Congresso Paulista de Neurologia. Trata-se de um dos mais importantes encontros do calendário científico da especialidade no país e ocorrerá no centro de convenções do Hotel Sofitel Jequitimar, no Guarujá, litoral de São Paulo.

“Nossa expectativa é a de receber cerca de 1.800 congressistas de todo o Brasil. Embora focado em neurologia, nosso evento é abrangente e congrega todas as especialidades correlatas, assim como as áreas afins. As principais subespecialidades da neurologia terão um dia inteiro de atividades durante o Congresso”, adianta dr. Rubens Gagliardi, presidente da APAN e membro da comissão organizadora.

Uma das novidades será o curso de Gestão Médica, ministrado pelo dr. Li Li Min, professor titular do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A ideia é apresentar aos participantes relatos e informações imprescindíveis para gestão e administração clínica.

Outra inovação é a seção Survival, um desafio de resistência aos participantes, em que levarão casos clínicos, imagens, vídeos, sinais semiológicos e notas históricas para apresentação oral e discussão com os presentes. Na ocasião, poderão solicitar opinião dos especialistas, compartilhar suas experiências e dificuldades com os colegas, além de apresentar um desafio para debate. Não haverá prazo para terminar e será finalizada até o último participante na sala (surviver).

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