Peneirada necessária

“Quem somos nós, comunitário periférico, para palpitar na política brasileira”, questionou um boateiro do dia a dia. Somos eleitores e ainda por cima brasileiro que, a exemplo de milhares e milhares pagam seus impostos, estando, portanto, aptos a falar à respeito dos corruptos e corruptores. Toda fumaça, tem fogo; como todo boato, tem fundamento.

Claro que a decência ainda prolifera, com extrema exceção, pois, a ramificação dos desviados são muitas e producentes, nas suas várias vertentes. Para bons analistas, a ânsia de tirar proveito faz parte do ser humano e todos buscam esta bússola, no decorrer de sua vida nas suas diversas modalidades.

Para alguns, a portabilidade do favorecimento é muito grande e cabe aos correlatos, sentirem no seu ímpeto, se são corretas ou incorretas, as negociações deste ou daquele conjunto de parcerias.

Outro fator que causa estranheza nos meios populares é a culpa palpável de uns numa primeiro momento, e inocência, posteriormente, como a recente inocência (???) de João Vacari, logo na segunda, que jogou por terra todo um trabalho feito pela base da equipe da Lava Jato.

Causa mais estranheza ainda que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello autorizou neste último dia 30 que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) volte ao Senado e, consequentemente, volte a exercer atividades de seu mandato.

A decisão tem efeito imediato. O ministro também negou o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para que Aécio Neves fosse preso preventivamente. Aécio estava proibido de exercer as funções de senador desde 18 de maio pelo ministro do STF Edson Fachin e foi denunciado pela PGR no último dia 2 de junho por corrupção passiva e obstrução de Justiça.

Posteriormente, o ministro Marco Aurélio assumiu a relatoria do caso e o impoluto Aécio Neves ressurgiu das cinzas.

Há outros casos semelhares, quando ministros do STF passam a mão nas cabeças de corruptos denunciados, a exemplo de Eike Batista e outros e outros. Daqui a pouco vai ter soltura do Sérgio Cabral, Cunha e outros, deixando a 1ª. Instância a ver navios, ou no ponto morto.

Haveremos de entender que muitos têm o direito de ir até a última instância para tirar o seu da reta, mas fica difícil, nos casos de corrupção, constatada por uns e delatada por outros, sair-se bem de empreitadas delitivas como as observadas nestes últimos tempos.

Agora estamos observando que mesmo com todas estas denúncias desencadeadas contra o líder maior do PT, de nome Lula da Silva, tido como o analfabeto mais culto do País, pode dar em nada. Primeiro por que tem advogados que fazem santo virar capeta e capeta virar santo. Segundo que, necessário se faz que tenham as precauções adequadas para que se argumente favoravelmente nas escalas superiores, muito embora se saiba que, tal qual a água morro abaixo e fogo morro acima, não tem quem segure.

De uma forma ou de outra, muitos estão se safando, seja pela porta dos fundos ou pela da frente, numa verdadeira cara dura dos envolvidos, seja de lá, seja de cá.

Deve ser por isto que muitos arriscam viver na contravenção. “Há muitas formas de esfolar um gato”, dizem os mais velhos.
Aqui no Mato Grosso também não é diferente, que o diga o Silval Barbosa, José Riva e muitos outros que estão saindo e entrando, na gafieira…

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