A importância da vacinação

O ato de levar uma criança para vacinar traz resultados não só para ela, mas para toda a sociedade. “A proteção se divide em dois pontos: a individual, que garante que a pessoa não terá a doença, e a indireta, quando a maioria da população é vacinada e aqueles que não foram se beneficiam da proteção alcançada com os que foram vacinados. Ou seja, os benefícios se estendem aos não vacinados”, avalia Renato Kfouri, vice-presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Além dos pais, a proteção das crianças também é um dever do Estado. Para tanto, o Ministério da Saúde tem orientações para que toda a sociedade fique em dia com a vacinação dos pequenos, além de promover campanhas anuais com o oferecimento de doses gratuitamente contra doenças que podem causar danos irreversíveis à saúde ou até levar ao óbito.

A vacina é o meio mais eficaz de proteção contra certas doenças infecciosas e agem estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos para combater essas enfermidades. Muitos males que são cobertos por esse sistema de imunização estão erradicados no Brasil, mas isso não significa que é possível deixar de vacinar as crianças.

“Proteger é um ato de cidadania, é responsabilidade social, além de ser um controle da saúde pública e, com isso, diminuir os gastos do Estado na área”, defende Renato Kfouri. Mas vem aumentando o número de grupos de pais que são contra a vacinação, seja por medo, falta de informação ou preceitos religiosos, com pouca ou nenhuma base científica, o que acarreta na diminuição de crianças imunizadas no País.

Para o médico, a principal razão para esses movimentos anti-vacinação é o sucesso das próprias vacinas. “Desaparecem doenças como rubéola, sarampo, caxumba, pólio, por exemplo, então a percepção de risco desaparece. Os pais não se dão conta da ação continuada da vacina. Se reduzir a imunização, surtos e epidemias das doenças podem voltar, pois são criados ambientes propícios para o ressurgimento delas e os riscos de elas voltarem são reais”, explica.

“É preciso estimular e orientar a população, oferecer horários alternativos nos postos de saúde para que todos possam ter opções”, reforça Renato Kfouri, lembrando que os pais que deixam de vacinar os filhos não sofrem punições porque a lei não os obriga. Os postos de saúde abrem no horário comercial e, infelizmente, alguns sofrem com o desabastecimento de doses.

Segundo o médico, todas as vacinas disponibilizadas gratuitamente são imprescindíveis e os riscos com efeitos colaterais são pequenos comparados aos benefícios. Ele alerta também para os mitos, que atuam na contramão das campanhas de vacinação. “As reações, os efeitos colaterais, associados às razões filosóficas e religiosas e questões éticas, são alguns destaques contra a imunização. Quando alguém toma a vacina e logo depois tem um problema de saúde, fica difícil não associar o surgimento da doença com a vacinação”, declara. “Os benefícios suplantam os riscos, pois as reações às vacinas são eventos transitórios e, por isso, é tão importante a informação para os pais”, alerta Kfouri.

Notícias da Enfermagem

CONDEPE 2018 traz aprimoramento em simulação realística

Nos dias 3 e 4 de abril de 2018, o Transamerica ExpoCenter, em São Paulo, será palco do Congresso de Desenvolvimento Profissional em Enfermagem – CONDEPE 2018. A partir de uma proposta teórico-prática, o evento dará aos profissionais interessados a oportunidade de se atualizar com os estudos e avanços mais recentes da área.

Um dos exemplos entre as novidades trazidas pelo CONDEPE 2018 é a Simulação Realística, o mais avançado método de treinamento, apoiado por tecnologia, para garantir a segurança no processo de assistência ao paciente. Essa metodologia será apresentada pela Dra. Ariadne da Silva Fonseca, doutora em Enfermagem pela UNIFESP e gerente do IAP (Instituto de Aperfeiçoamento Profissional e Simulação para rede de hospitais São Camilo), que utilizará de palestras e simulações.

“A simulação realística é uma metodologia de ensino que eu tenho utilizado com os profissionais para que possamos rever processos ou técnicas em um ambiente simulado, muito próximo do real, daquilo que eu encontro no meu dia a dia no cuidado com o paciente. Essa metodologia é utilizada por meio de manequins, que simulam situações muito próximas do real, como, por exemplo, chorar, falar, piscar os olhos e convulsionar. Temos usado simulação realística, não só de um profissional individual, mas de toda a equipe, para que, na hora que for prestado o atendimento na vida real, estejamos treinados e capacitados para isso.”, explica a especialista.

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