Redução de casos de latrocínio chega a 37% em Mato Grosso

A queda também foi relevante em Várzea Grande, com 69% menos ocorrências em relação ao ano passado, e em Cuiabá, com 35% a menos

Nara Assis | Sesp-MT

Resultado da intensificação do trabalho de repressão à criminalidade, os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) foram reduzidos em 37% em todo estado de Mato Grosso em 2017. Entre os meses de janeiro e novembro deste ano ocorreram 38 casos, enquanto no mesmo período de 2016 foram 60. A queda também foi relevante em Várzea Grande, com 69% menos ocorrências em relação ao ano passado, pois em 2017 foram registrados cinco casos, enquanto em 2016 foram 16. Os resultados seguem positivos em Cuiabá, com índice de 35% de redução no mesmo período, já que os números passaram de 17 para 11 casos.

Os dados são da Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal (CEAC) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Segundo o titular da pasta, Gustavo Garcia, é fundamental dar uma resposta à população com relação aos crimes contra a vida. “Temos trabalhado incessantemente no enfrentamento à criminalidade, e os números mostram isso. Mas quando ocorrem casos como latrocínio, por exemplo, sabemos a importância para a família das vítimas em elucidar e punir os culpados”.

O pronto atendimento às ocorrências foi um dos fatores que contribuiu para isso, segundo a titular da Derf de Várzea Grande, Elaine Fernandes da Silva. “Graças a uma força-tarefa da equipe da delegacia e realização de operações, a resposta rápida foi intensificada, com a identificação e desarticulação de associações criminosas que atuam na cidade. Assim, conseguimos melhorar os resultados”, frisa.

A resolutividade é outra frente de trabalho que apresenta bons frutos. Dos cinco casos registrados em Várzea Grande, três foram elucidados, sendo que duas pessoas foram presas e uma ainda não foi encontrada. Dois ainda estão em investigação. Entre as 11 ocorrências de latrocínio da capital neste ano, nove já foram solucionadas pela equipe de investigadores da Derf, com a prisão dos autores.

Crime tem pena máxima

Com pena máxima de 30 anos de prisão, o latrocínio (roubo seguindo de morte) lidera os crimes com maior punição no Código Penal, igualando-se apenas ao homicídio doloso. Já quanto à pena mínima, este crime ultrapassa o de assassinato, sendo 20 e 12 anos, respectivamente. De acordo com a titular da Derf de Cuiabá, Luciani Barros Pereira de Lima, estes fatores devem reduzir ainda mais os casos. “Estas são as prioridades, resolver os casos e retirar indivíduos perigosos da circulação”.

A delegada acredita que a punição aos autores de latrocínio serve de exemplo para os demais. “Dependendo das qualificadoras, o roubo seguido de morte pode resultar em mais tempo ainda de prisão. Ou seja, uma vez condenado, certamente estas pessoas vão permanecer presas por longos anos”, acrescenta Luciani Barros.

Os municípios de Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Vila Rica, Pontes e Lacerda, Água Boa, Nova Mutum e Guarantã do Norte não tiveram ocorrência de latrocínio em 2017.

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