VALE DO ARAGUAIA – Reunião marca discussão sobre situação da bovinocultura de corte

Foto: Reprodução

A atual situação da bovinocultura de corte no Vale do Araguaia foi pauta de uma reunião realizada esta semana no Sindicato Rural de Água Boa. Diante da situação relatada pelos produtores e pelas lideranças dos sindicatos da região, como a queda no valor da arroba do boi e as mudanças no regulamento do ICMS (o RICMS), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) foi convocada a participar. 

O segundo vice-presidente da Famato, Marcos da Rosa, participou da reunião e destacou a importância desse tipo de ação. “Sentir os problemas e dificuldades enfrentadas pelos produtores e trabalhar em busca de soluções é um dos papéis da Federação e, para realizá-lo, o envolvimento de toda a classe é de fundamental importância”.

O vice-presidente da Região IV da Famato e presidente do Sindicato Rural de Água Boa, Antônio Fernandes de Mello, relatou que um dos problemas enfrentados pelos pecuaristas da região é a queda no valor da arroba. “A arroba que estava sendo cotada a R$ 132,00 nas últimas semanas, ontem estava R$ 121,00”.

Outra questão que também tem preocupado os pecuaristas do Vale do Araguaia, região que detêm 16% do rebanho bovino de Mato Grosso, é o Decreto 777, de 28 de dezembro de 2016, que revoga o artigo 5º do Anexo VI do Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (RICMS), aumentando de 7% para 12% a alíquota sobre as operações  interestaduais de gado em pé. “Infelizmente, nós não temos muita opção aqui, visto que as três plantas frigoríficas instaladas na região são do mesmo grupo”, contou Mello.

O desconto por parte dos frigoríficos de 3,1% no preço da arroba em caso de pagamento à vista e a revisão do preço pauta para bovinos por parte do governo do Estado também foram discutido durante a reunião. “O preço de pauta precisa ser revisado mensalmente para estar sempre ajustado com a realidade do mercado. Não podemos pagar impostos com base em um valor fixado que está defasado”, reforçou o vice-presidente.

O segundo vice-presidente da Famato, Marcos da Rosa, reforçou que, além do trabalho realizado pela Famato e demais entidades em busca de melhorias para o setor, é preciso que o pecuarista esteja atento ao mercado em busca de melhores condições. “O produtor deve sentir o momento, avaliar o mercado e verificar qual o melhor momento para a comercialização do seu gado”.

Ao final da reunião, os presentes redigiram uma carta com as reinvindicações do setor para ser entregue ao governador Pedro Taques.

Anísio Vilela Junqueira Neto, Marco Antônio Jacinto, Maria Ester Tiziane Fava e Amado de Oliveira Filho, representantes Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), também participaram do encontro.

A Famato, entidade de classe que representa 90 Sindicatos Rurais de Mato Grosso, desenvolve ações institucionais que garantem que a voz do produtor rural seja ouvida em diferentes instâncias. Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Senar-MT, Sindicatos Rurais e o Imea.

Foco Cidade

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