O assunto do momento em Barra do Garças é a divisão territorial firmada, quando perdemos uma boa fatia do nosso território para o vizinho município de Nova Xavantina. O interessante de tudo é que muitos estão se arvorando de salvadores da pátria, ou melhor, começam a chorar pelo leite derramado. Alguns talvez tenham até razão, porque desconheciam o fato, enquanto outros sabiam, mas não tomaram as devidas providências, ou não chiaram na hora certa.
O que se sabe é que os “pauzinhos” foram manipulados, ou pelo menos os que se interessaram foram à busca dos dividendos, a exemplo dos administradores de Nova Xavantina, que foram alertados por políticos da alta cúpula estadual e foram à campo, já orientados, e conseguiram canalizar as fatias maiores do bolo disputado.
Aliás, não houve nem disputa, porque o marasmo verificado por parte de Barra do Garças ficou patenteado pois, alertados com menos ênfase, nem compareceram as reuniões que deveriam ser realizadas com maior manifestações e, por que não, com maior divulgação.
O que se notou é que a municipalidade e seus representantes foram omissos, imaginando que tudo permaneceria como antes, ou seja, não haveria mudanças, mas tão somente a ratificação das áreas já estudadas anteriormente. Não sabiam, ou não imaginavam que em se tratando de política, nas suas canalizações de bastidores, tudo é possível, principalmente quando se sabe sobejamente que o Eduardo Moura nunca gostou do atual prefeito Roberto Farias.
O mesmo ocorre com o deputado Baiano Filho, que todos sabem que ele também não comunga os mesmos pensamentos de Beto Farias, o que fez com que se degringolasse todas as reais possibilidades de Barra manter o seu domínio na área perdida.
A falta de representação e a falta de coerência danificou toda uma estrutura que era mantida pelo nosso município ao longo dos últimos anos. Alertado, e orientado, o prefeito de Nova Xavantina deitou e rolou em cima do ceticismo dos barra-garcenses que agora ficam a lamentar, tardiamente.
Os louros da vitória estão agora com Nova Xavantina. A precipitada (será???) mudança de placa foi outra “paulada” na omissão e trabalhos que deveriam ser feitos anteriormente por Barra do Garças, com a devida cautela, pois já se sabia que além de não termos representação política em nível de Estado e Federação, tivemos também contra, o trabalho de bastidores que foram planejados com bastante antecedência pelos que batalham em prol do município vizinho.
Citar nomes, denegrir imagens, não resolve o problema. O que resolve é fazermos com que prevaleçam os meandros jurídicos, e quem sabe, até os políticos, muito embora não tenhamos a quem apelar, pois em termos de representação estamos vivendo um zero, à esquerda.
Por outro lado isto nos estimula a trilharmos caminhos diferenciados, futuramente. Que sejamos conscientes, que votemos conscientes para alcançarmos os nossos objetivos. Necessitamos, com urgência, de elegermos nossos próprios representantes e não buscando votos para muitos dos forasteiros que aqui aportam, nos períodos eleitorais.
Votar consciente é preciso… Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura… Quem sabe o eleitor seja mais consciente, a partir de hoje…
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