Fluxo no sentido Pará-Mato Grosso, na BR-163, é restabelecido

Força-tarefa leva alimento e água às pessoas impedidas de atravessar a rodovia, intrafegável em meio ao atoleiro (Foto: Secom)

Há mais de 3 semanas, o atoleiro impede o fluxo de veículos na rodovia. Equipes da PRF e das Forças Armadas foram enviadas à região.

O fluxo de veículos da BR-163 no sentido Pará-Mato Grosso, no sudoeste do Pará, foi restabelecido nesta sexta-feira (3), de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A fila de carros durante a interrupção chegou a ter 15 mil veículos parados na rodovia, que é um importante corredor de escoamento de produção agrícola.

Há mais de três semanas o tráfego na via enfrenta graves problemas de atoleiros. Um trecho de 164 km sem asfalto, que durante os meses de chuva na região norte se transforma em lamaçal, invibiliza o fluxo de veículos.

Longe de prejudicar apenas o abastecimento no Pará, as longas filas na rodovia precária prejudicam a cadeia produtiva da soja em diversos estados. Faltam caminhões para fazer o transporte para outras regiões em função do bloqueio no Pará, e os pontos de armazenagem estão ficando sobrecarregados. Por conta disso, os produtores de Nova Canaã, ao norte 160 quilômetros, estão percorrendo o caminho inverso com a carga e trazendo tudo que produzem para ser armazenado na região de Sinop.

Equipes da PRF e das Forças Armadas foram enviadas à região para garantir uma solução de curto prazo. Os policiais e militares realizam o balizamento e sinalização da estrada a fim de desobstruir o trecho para que se iniciem os reparos necessários. Apesar disso, no  sentido contrário ainda há cerca de 5 km de retenção.

Assistência
Militares do Exército e da Força Aérea Brasileira fazem o transporte e distribuição de 3 mil cestas básicas e 46 toneladas de água potável para caminhoneiros, motoristas e familiares que estão sitiados naquela região. A Engenharia do Exército está em condições de apoiar as ações para recuperação emergencial da estrada, de acordo com o Comando do Exército.

Um Comitê Gestor, coordenado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), também está no Pará acompanhando a situação. Na quinta-feira (2), representantes do governo federal e empresários do setor agrícola constituíram um grupo de trabalho para buscar soluções definitivas para a situação da BR-163.

Fonte: Do G1 PA

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