Que estamos em crisenão há dúvida, resta saber qual delas é a pior, visto que ela se amplia em vários leques, com ênfase maior na econômica e na política. Para entendidos as duas caminham juntas e são dependentes uma da outra, ou seja, uma alimenta a outra nestes tempos de anarquia generalizada.
Há tempos estamos assistindo (ou ouvindo dizer), que as manipulações se ampliaram no decorrer do tempo, alcançando um hiato quando do governo militar, quando ela (a crise) quase chegou ao fim. Só não ocorreu assim porque mesmo nas demandas severas, há quem tente e consiga manipular e fazer o seu joguinho…
Quem viveu o tempo, sabe da sede com que os sucessores do poder (pós, regime militar) chegaram em Brasília (na Explanada dos Ministérios) e se ramificando, tempos depois, para os estados e municípios. Hoje o que vemos são denuncias gerais em todos os setores político e empresarial.
Já não se amarra mais cachorro com linguiça, pois a ganância prolifera na maioria dos mananciais, a começar pelo mais baixo, atingindo os mais altos, na hierarquia transcendental. Como o dito pelo empresário Marcelo Odebrecht em seu depoimento prestado no último dia 1° relatando que se sentia o “bobo da corte” do governo federal. Isto ao dizer sobre a situação da empreiteira baiana, que leva seu sobrenome.
Segundo o colocado, o ex-presidente do conglomerado demonstrou descontentamento por ser obrigado a entrar em projetos e empreendimentos que não desejava e bancar repasses às campanhas eleitorais, sem receber as contrapartidas que julgava necessárias.
Nota-se claramente que ele foi um dos novelos encontrados nos emaranhados político e empresarial. A ramificação como dissemos anteriormente, transcende o país, ultrapassando fronteiras e atingindo também os mais recônditos sertões brasileiros. Lá como cá, também vemos nossas ovelhas negras, ou que estão sendo chamuscadas pelo brilho do vil metal.
Por estes e outros motivos sempre iremos lembrar dos ditos de Rui Barbosa quando observou, em poucas e diretas linhas , em tempos idos, que o dia chegaria em que o povo sentiria vergonha de dizer que é honesto…
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