É hora de pensar na alimentação

Foto: Reprodução/Ilustrativa

O Dia Nacional da Saúde e Nutrição é comemorado em 31 de março. A data é importante para fazermos uma reflexão sobre a alimentação do brasileiro. Dados do Vigitel 2015 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) divulgado pelo Ministério da Saúde mostram que doces e sobremesas são consumidos quase todos os dias por 20,1% da população e que 19% dos brasileiros bebem refrigerantes ou sucos artificiais quase todos os dias1.

 É justamente este tipo de alimentação, com baixo ou nenhum valor nutricional, que contribui para que as pessoas não consigam levar uma vida plena. Segundo a pesquisa “O que é para o brasileiro viver ao máximo?”, idealizada pela Abbott e feita com 5 mil homens e mulheres de todas as regiões do país, aspectos como alimentação desregulada (38%) e sobrepeso (43%), uma condição que já atinge 53,9% da população nacional1, foram citados como impeditivos para se viver plenamente.
Neste sentido, a nutrição tem um papel fundamental para reverter este quadro. Além de ajudar a eliminar os quilinhos a mais na balança, uma dieta equilibrada ajuda em muitas outras coisas, do controle do estresse e preservação da memória até a prevenção e tratamento de diversas doenças, sobretudo as doenças crônicas não transmissíveis. 

 Confira aqui cinco dicas sobre como adotar hábitos alimentares mais saudáveis e cuidar da saúde listadas por Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil:

 1.      Procure realizar suas refeições em casa, quando possível

Comer em casa geralmente aumenta as chances de se ter uma dieta saudável, já que permite controlar os ingredientes das refeições. Uma forma de manter uma dieta saudável é ter sempre alimentos frescos e nutritivos à mão. Muitos deles podem ser congelados ou desidratados, como castanhas, frutas e cereais ricos em fibras.

2.     Alimentos para o cérebro – o que você come importa

A alimentação tem um papel importante para a saúde cerebral e pode ajudar a prevenir a perda de memória e o declínio cognitivo. Por exemplo, a ingestão de gordura pode afetar a saúde do cérebro, já que dietas ricas em gordura saturada aumentam o risco de declínio cognitivo2, enquanto aquelas ricas em gordura monoinsaturada podem promover a saúde cognitiva.

Gordura monoinsaturada

Gordura saturada

Encontrada em uma série de alimentos
como abacate, amêndoas, nozes e peixes comoa sardinha, atum e salmão, azeite
de oliva, semente de girassol,
linhaça e chia.

Encontrada em alimentos de
origem animal, como carnes vermelhas
e laticínios ricos em gordura.

Gordura poli-insaturada

Gordura trans

Encontrada principalmente em alimentos
de origem vegetal como óleos vegetais
de girassol, canola, azeite de oliva e
frutas secas como castanha-do-pará e amendoim cru.

Criada por meio do processamento industrial de óleos.

 3.     Controle mais o peso com alimentação do que com exercícios

Exercícios são fundamentais para a saúde geral, mas se você acha que é um objetivo difícil demais, inicie primeiro pela alimentação. De acordo com um estudo3, ao comparar a dieta com exercícios, a alimentação saudável leva a uma perda de peso maior do que apenas os exercícios, bem como a uma maior perda de massa gorda. Contudo, o estudo também analisou a união da dieta com exercícios e, neste caso, os resultados foram melhores do que os dos grupos que só fizeram dieta ou só realizaram exercícios.

4.     Mantenha-se hidratado

Beber água é importante para a nossa saúde geral e bem-estar, mas novas pesquisas4 mostram que a bebida também pode ajudar com as calorias que consumimos. Além disso, a escolha da água pode ser útil para limitar outras bebidas açucaradas.

5.     Controle o estresse com dieta

Comer por causa do estresse pode ser bom desde que você o faça da maneira certa. Nutrientes como ômega 3, vitamina E e polifenóis, um composto encontrado em mirtilos (blueberry) e, adivinhou, o chocolate amargo, podem reduzir os efeitos negativos do estresse no corpo.

Nutrientes de alimentos saudáveis podem ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo, o que combate os efeitos do estresse. Uma dieta saudável tem um efeito cascata, pois na medida em que melhora o fluxo sanguíneo, ajuda a levar ingredientes essenciais ao cérebro e a construir uma base sólida para o corpo, reduzindo a oxidação e a inflamação. E isso pode ajudar a diminuir o ganho de peso associado ao estresse.

Referências:

1-        Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Ministério da Saúde. 2015.

2-       Frontiers in Aging Neuroscience, Nutrition, frailty, and Alzheimer’s disease, 2014. Acessado em 22 de julho de 2016. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4143595/

3-       Schwingshackl L, Dias S, Hoffmann G. Impact of long-term lifestyle programs on weight loss and cardiovascular risk factors in overweight/obese participants: a systematic review and network meta-analysis. [acesso em 23 de novembro de 2016]. 2014. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4227972/

4-       Plain water consumption in relation to energy intake and diet quality among US adults, 2005–2012. Site. [Acessado em novembro. 2016]. Disponível em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jhn.12368/abstract

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