O diamante está perdido?

O tempo muda as pessoas, ou as pessoas mudam com o tempo? Outrora muitos ressaltavam que este (o tempo) curava queijo, lapidava-o, de maneira lenta, mas os mesmos se tornavam fáceis de serem manipulados, ou ralados, como defendiam os mineiros da boa cepa.

Necessitamos, porém, entender que cada lugar e cada lugar e a miscigenação, às vezes, mudam a têmpera dos envolvidos, aqui ou acolá. Em Barra do Garças e Aragarças muitas mudanças ocorreram com o tempo. Lapidou os que para aqui vieram para participar do engrandecimento desta terra tão altaneira, tão rica, até então nas extrações minerais, turismo e nas perspectivas de se tornarem ricas nas suas ramificações dos acessos planejados mas pouco alcançados.

Necessário colocar que as missões aqui inseridas não contavam ainda com a divisão do Estado. Foram planejadas ainda nos gabinetes no Rio de Janeiro, mas executados por abnegados oriundos de várias partes do País, quando se formou aqui na terra a chamada apuração de raça, pois os pioneiros passaram a gostar do novo ambiente, o que dura até hoje com seus familiares.

O patriarcado prevaleceu, com uns buscando a sobrevivência, enquanto outros foram bafejados pela sorte de se empanturrarem nos garimpos ou nas grandes negociações.

O fato é que nos tornamos dependentes de uns, ou de outros, enquanto grupos consolidados, mas nem tanto aliados, pois cada um queria um naco maior para sí ou para o seu grupo mais chegado.

E isto prevaleceu (e prevalece) até os nossos dias, fazendo com que tenhamos perdido várias oportunidades de crescimento por causa da política da divisão, ou da manipulação, pouco havendo de coesão em torno dos objetivos comuns.

O diamante, tão cantado em prosa e verso, foi esquecido, e até coberto pelas pedras de paralelepípedo e depois, pelo negrume do asfalto, nos transportando para um novo período. Com a chegada dos sulistas e outra ala de exploração, que é da Educação, turismo, pecuária e agricultura.

Com o tempo Barra do Garças atropelou Aragarças no crescimento e também na criação de um outro povoado, até então distrito de Torixoréu, mas tido como bairro de Barra do Garças, graças à sua dependência local.

O certo e que a corda foi esticada, com cada um puxando para o seu lado, ao invés de se buscar a harmonia do progresso. O desatrelamento político, no caso de Barra do Garças, desarticulou, como o colocado anteriormente, por que muitos não comungavam a mesma filosofia, em prol, da cidade, mesmo depois de finalizado o embate eleitoral.

Muitos ainda sonham com a união e o diamante perdido…

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