Acadêmicos de Enfermagem de Barra do Garças ganham prêmio internacional

Os Colóquios Internacionais de Estudos sobre Homens e Masculinidades acontecem desde 2004 no México, organizado pela Universidad Autônoma Del México. Na sexta edição, o evento foi realizado no Brasil, contando com a presença dos acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus de Barra do Garças.
 
Uma pesquisa realizada pelos acadêmicos Kaique Saimon Rodrigues e Camila Guimarães e supervisionada pelo professor Elias Marcelino da Rocha, do curso de Enfermagem, ganhou um prêmio na edição brasileira dos Colóquios Internacionais por tratar sobre esse tema no âmbito da Enfermagem.  
 
O trabalho intitulado “Homofobia: Invisibilidade nas publicações da enfermagem” foi realizado a partir da consolidação entre os projetos de extensão: Pró- homem, Viva bem Caminhoneiro e Saúde e Sexualidade, sob coordenação do professor Elias.
 
O projeto é responsável por atender as comunidades e municípios no Vale do Araguaia, no que se refere à prestação da Assistência de Enfermagem na Saúde Integral à População Masculina. “Com a proposta principal de sensibilizar e conscientizar o ser masculino para com as realidades acerca dos estudos sobre os homens e as masculinidades num contexto biopsicossocial”, completou o acadêmico Kaique.
 
Ao ser questionado sobre o tema do trabalho, o acadêmico nos disse: “Na busca pela compreensão da marginalização e dos preconceitos vivenciados, sobretudo por acadêmicos dos cursos de enfermagem que sofrem a estereotipação do perfil profissional concebido basicamente pelo zelo feminino e por vezes não sendo tolerado por profissionais da rede de saúde, bem como pelos seus usuários, surgiu-se então a proposta de buscar os possíveis engatilhadores desta problemática já instalada”, destacou.
 
Contudo, segundo o acadêmico, essa problemática ainda não foi discutida no âmbito da referida profissão. A pesquisa utilizou-se de estratégias disponíveis nos próprios bancos de dados integrantes da Internet, em que se encontram as produções científicas de importantes norteadores do aprimoramento de conduta da sociedade no geral, evidenciou-se que há a invisibilidade do tema.
 
A homofobia não aparece nos periódicos da enfermagem, que apesar de ter sido criada sob uma ótica humanista e inclusiva, ainda demonstra um certo “quê” de insatisfação quando confrontada com uma realidade que foge do normativismo imposto pela ignorância que abrange parte dá sociedade, deixando transparecer que ainda há o que se trabalhar, para se arquitetar uma mão de obra qualificada e preparada para os desafios de uma assistência justa.

Daniela Couto / Araguaia Notícia

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