Engenheiros florestais e agrônomos do quadro de servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) participam, nesta semana, do curso de atualização em fiscalização de agrotóxicos. A iniciativa é realizada com o apoio da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e Associação dos Produtores de Sementes do Estado de Mato Grosso (Aprosmat).
O curso teve início nesta segunda-feira (15.05) e segue até sexta-feira (19.05), no Edifício Cloves Vettorato, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, ressaltou a importância da educação sanitária. “A fiscalização é uma atividade importante, mas a educação sanitária é tão importante quanto. Defesa sanitária se faz com vários entes envolvidos, na esfera federal temos o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Indea como agente estadual, e precisamos, cada vez mais, estreitar os laços com o setor produtivo, para evoluirmos juntos e levarmos informação para todo o estado”.
Nolasco destacou as ações em conjunto com o Mapa e com o Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente (Fase-MT), que possibilitou a incorporação de 60 veículos, aparelhos GPS e computadores. Ele lembrou ainda a ferramenta disponível para o cidadão, que é a ouvidoria do Indea, pelo telefone 0800 647 9990. “Além de ser um canal para sugestões e solicitações do cidadão, a ouvidoria está disponível para receber denúncias, como o não cumprimento do vazio sanitário da soja, por exemplo. Nós assumimos o compromisso de disponibilizar o 0800, uma demanda do setor produtivo”.
O evento tem como objetivo, promover a atualização de 112 servidores do Indea, entre engenheiros agrônomos e florestais, que desempenham a função de fiscais estaduais de defesa agropecuária e florestal. O curso conta com palestras técnicas, além de promover a interação com diversos agentes envolvidos na atividade.
O presidente da Ampa, Alexandre Schenkel, ressaltou o papel do Indea enquanto órgão de defesa sanitária. “Como associação representante dos produtores, sabemos da importância das ações de controle de pragas, como o vazio sanitário. Sabemos da importância da padronização nos procedimentos no campo, e do resultado de um trabalho bem sucedido, calcado na produção sustentável, que reflete na qualidade da nossa produção”.
As palestras abordam temas como registro federal de agrotóxicos e reavaliação de fungicidas, cadastro estadual de agrotóxicos, tratamento industrial de sementes, destinação de embalagens vazias, tecnologia de aplicação de agrotóxicos, atuação do Ministério Público Estadual (MPE) na fiscalização de agrotóxicos, toxicologia de agrotóxicos, entre outros.
A engenheira agrônoma, Luana Luzia, de Guiratinga, falou sobre a importância de estar preparado para o atendimento junto ao produtor rural. “Esse trabalho é muito interessante, porque a gente vem trabalhando com a educação sanitária com o produtor, e nada melhor que os fiscais estarem preparados para suprirem essa demanda, para passar informações e instruções corretas para os produtores que estão na atividade”.
Para o secretário-adjunto de Agricultura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Alexandre Possebon, o elo entre os envolvidos na cadeia produtiva são essenciais para o desenvolvimento da produção. “Temos capacidade para produzir mais e melhor, para isso precisamos trabalhar em sintonia. Com certeza, o destaque em nível nacional de Mato Grosso como grande produtor de grãos é o resultado de um trabalho eficiente de defesa sanitária, um dos pilares da produção”.
Dayanne Santana | Sedec-MT
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