Atualmente, estado tem 38 mil pessoas cadastradas. O transplante de medula pode curar até 80 tipos de doenças
Rose Velasco | SES-MT
A importância da conscientização da doação de medula óssea foi tema da Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na manhã desta terça-feira, dia 23. O evento está previsto na lei estadual 9.807/12, de autoria do deputado estadual Ondanir Bortolini, que institui a Semana Estadual da importância da Conscientização da Doação de Medula Óssea, no período de 22 a 28 de maio. A diretora geral do MT Hemocentro, Silvana Salomão representou a secretaria de Estado de Saúde no evento.
De acordo com Silvana, em Mato Grosso existem aproximadamente 38 mil doadores cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome), mas ainda são necessários outros 10 mil doadores para ampliar e diversificar o acesso ao banco de dados e garantir uma chance maior de salvar vidas.
O MT Hemocentro trabalha para descentralizar a coleta de doação, visando diversificar a genética de doadores, especialmente entre os quilombolas e indígenas. A meta é credenciar mais 17 postos de coleta de doação pelo interior do Estado.
“São unidades de saúde municipais em funcionamento e que precisam de autorização do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para poder fazer a coleta de doação de medula óssea. Precisamos ampliar a representatividade de doadores, especialmente entre os quilombolas e indígenas, e aumentar a chance de vida para os receptores que precisam da medula óssea e que estão na fila de espera.”, destacou Silvana Salomão.
A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Os principais beneficiados com o transplante são os pacientes com leucemia; linfomas e doenças autoimunes. A medula óssea cura 80 tipos de doenças.
De acordo com o coordenador do Redome do Inca, Luis Fernando Bouzas, o Brasil tem o terceiro maior cadastro internacional de doadores com 4,2 milhões de cadastrados ativos. No país são inscritos por ano 1.400 pacientes, desses 900 estão aptos a receberem o transplante.
Luis Fernando Bouzas explica que não há risco para o doador e que após a doação a pessoa estará liberada para as atividades normais dentro de três dias. “A medula óssea se regenera em 15 dias e no momento da doação é retirado 15% do conteúdo de medula do doador,” explicou.
Para ser doador de medula óssea é preciso ter entre 18 anos e 55 anos de idade, porém quanto mais jovem maior o tempo de permanência no banco nacional de doadores. É importante ainda manter a fidelização do doador e a atualização do seu cadastro, em caso de mudança de endereço.
O Hemocentro preparou um espaço específico para atender aos doadores de medula, na unidade deCaptação de Doadores, na Rua 13 de Junho, 1055 – Porto – Cuiabá, que funciona segunda à sexta-feira, das 07h às 17h30, e na unidade de coleta do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, na Rua General Vale 182, bairro Bandeirantes, de segunda à sexta-feira, das 08h às 17h.
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