O balanço dos primeiros nove dias do período proibitivo às queimadas, entre os dias 15 e 23 de julho, mostra que 57 ocorrências de incêndios florestais foram identificadas, das quais 31 foram atendidas e 26 reprimidas. O trabalho de prevenção e combate está sendo realizado pelo Governo do Estado, em parceria com as prefeituras de 11 municípios.
Cerca de 260 Bombeiros Militares (BM) e 50 civis que compõem as brigadas mistas municipais estão fazendo a mobilização em Mato Grosso.
Conforme o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente coronel Paulo André Barroso, as atividades dos brigadistas e militares não têm sido só apagar fogo. Eles recorreram a um método de trabalho baseado na educação ambiental e no diálogo, com o objetivo de promover a prevenção ativa das queimadas. “A brigada não espera a ocorrência chegar, vai a campo evitar que isso aconteça, sem deixar de lado o combate”.
Focos de calor diminuem
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apostam que nesses primeiros nove dias do período proibitivo houve 628 focos de calor, número 35% menor que o mesmo período do ano passado, que registou 974 focos de calor. Gaúcha do Norte (658 km a Leste de Cuiabá) está no topo do ranking, com 53 registros (ou 8,4% do total), seguido por outras 19 cidades. Entre elas, estão: Gaúcha Do Norte, Nova Nazaré, Paranatinga, Ribeirão Cascalheira, Nova Canaã Do Norte, Vila Bela Da Santíssima Trindade, Colniza, Tangará Da Serra, Barra Do Garças, São José Do Rio Claro, Cocalinho, Marcelândia, Nova Mutum, Comodoro, Alto Boa Vista, Nova Maringá, Poconé, Sapezal e Alto Taquari.
Já de 1º de janeiro a 23 de julho deste ano, Mato Grosso registrou 7.158 focos de calor, montante 19% inferior ao contabilizado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 8.847 focos de calor. Na Amazônia Legal, a queda chega a 21%, com um decréscimo de 25.827 para 20.379 focos de calor no mesmo período. Apesar da redução, o Estado ainda ocupa primeiro lugar no ranking dos nove estados amazônicos, seguido por Tocantins (3.928), Pará (3.467) e Maranhão (2.940).
Plano de combate
O ‘Plano de combate e prevenção às queimadas 2017’ conta com investimento de R$ 3 milhões na estrutura de prevenção e resposta, o dobro do ano passado e cerca de sete vezes superior ao que foi empregado em 2014, que totalizou R$ 438 mil. Para as atividades de combate, as equipes contam com cinco viaturas ABTF (Auto Bomba Tanque Florestal); uma ATC (Auto Tanque Combustível); 13 caminhonetes (Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Sema e Bombeiros); duas aeronaves de combate a incêndio florestal e um helicóptero do Centro Integrado de Operações Áreas (Ciopaer).
Período proibitivo
O período proibitivo para as queimadas iniciou no dia 15 de julho e segue até o dia 30 de setembro, podendo ser prorrogado. Nesta época, utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas rurais é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil a R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare. Nas áreas urbanas, o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria do BEA: 0800 647 7363, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Fernanda Nazário | Sema-MT
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