Na Força Tática Araguaia, unidade do 5º Comando Regional da Polícia Militar (PM-MT) sediada em Barra do Garças (515 km a Nordeste de Cuiabá), está em fase de instalação o primeiro canil na PM-MT na região. Com capacidade inicial para três cães, as instalações estão sendo erguidas em uma área anexa ao prédio da Força Tática.
Há pouco mais de três meses, o primeiro cão, batizado de “Mike”, da raça labrador, vem sendo treinado por um policial com capacitação em cinotecnia (ciência que estuda a anatomia, comportamento, psicologia, entre outras características relacionadas aos cães).
O plano do 5º Comando Regional é empregar o labrador e outros animais que devem chegar ao canil em barreiras policiais para fiscalizar veículos (carros, ônibus, etc.), malas, ‘bocas de fumo’ e revista pessoal em suspeitos de tráfico.
Com vários cursos voltados ao emprego de cães em operações policiais, o cabo Christoferson Ferreira da Costa é o responsável pelo adestramento. Ele explica que “Mike” está sendo treinado especialmente para farejar drogas.
Christoferson observa que os cães são bem mais ágeis quando se trata de descobrir esconderijos de entorpecentes. “Enquanto o policial precisa abrir gaveta por gaveta, o animal fareja partículas mínimas no ambiente e vai ao ponto exato onde está a droga”, assinala.
Policial militar há 13 anos, o cabo conta que no início da carreira, mesmo sendo um apaixonado por cães, não pensava em tê-los como parceiros de trabalho. A vontade de se capacitar e trabalhar pela criação do canil em Barra do Garças surgiu após conhecer a atuação e eficiência canina nas ações policias, inclusive no Batalhão de Operações Especiais (Bope), da PM-MT.
Além do curso em cinotecnia, que fez em 2015, no Bope, em Cuiabá, o cabo Christoferson capacitou-se em buscas, resgates e salvamentos com cães, no final de 2016, no Corpo de Bombeiros Militar, também na Capital mato-grossense.
Para a comandante-adjunta do 5º CR, major Andréia Vital Costa, o canil é uma necessidade por várias questões, entre as quais o fato de Barra do Garças fazer divisa com outro estado e pela distância de Cuiabá, onde está sediado o principal canil, o do Bope.
A ideia de criar o canil, explica a major, partiu da análise do custo-benefício, viabilidade e do entendimento de que aguardar o apoio vindo da Capital pode levar à perda da efetividade de determinadas ações policiais. De acordo com ela, a possibilidades de fazer parcerias, como a firmada com uma faculdade de Medicina Veterinária, tornou a construção e manutenção do canil mais viável.
A previsão do Comando do 5º CR é que até o final deste ano o primeiro cão esteja nas ruas de Barra do Garças e municípios da região atuando em operações policiais.
Alecy Alves | PM-MT
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