O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) acusa o senador Wellington Fagundes (PR) de ter feito pressão para receber propina de obras executadas pelo Estado no MT Integrado. Embora não cite valor, Silval ressalta a participação ativa do republicano, então deputado federal, no esquema ilícito. A afirmação foi feita em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal e seu conteúdo veio à tona em reportagem do MTTV 1º Edição, veiculada pela TV Centro América, nesta quinta (24).
Lançado em 2013, o MT Integrado previa a pavimentação de estradas no Estado, num investimento de R$ 1,5 bilhão.
À época das fraudes, o programa era gerido pela extinta secretaria estadual de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), sob comando de Cinésio Nunes.
Segundo o peemedebista, Cinésio foi indicado ao cargo por Wellington – que tinha forte influência na sua gestão.
O ex-governador disse, ainda, ter sido pressionado por Wellington para fazer o pagamento de “vantagens indevidas”, ou seja, da propina.
Com isso, Silval afirmou ter autorizado Cinésio a repassar para Wellington um percentual dos valores pagos pelas empreiteiras a título de propina.
Silval acrescentou ainda que eram poucas as empresas contratadas que não entraram no “acerto”. Os recursos eram destinados à várias frentes de corrupção como por exemplo o “caixa dois” de campanha de deputados estaduais.
Em nota, Wellington Fagundes afirma desconhecer o teor das afirmações do ex-governador à Justiça e diz que irá se posicionar quando tiver acesso à delação premiada.
Propina
Silval revelou ainda ter acertado propina de R$ 53 milhões com os conselheiros do TCE para garantir andamento de obras do programa MT Integrado, com investimentos de mais de R$ 1 bilhão destinados à pavimentação de estradas em Mato Grosso.
Por RDNews
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