Somente neste ano já são 102 municípios e mais cinco Distritos Sanitários Indígenas contemplados
Rose Velasco | SES/MT
Pela segunda vez neste ano, Mato Grosso é contemplado pelo “Programa Mais Médicos para o Brasil”, com a chegada de mais 35 médicos que vão trabalhar em unidades municipais de Saúde da Família em 32 municípios. Desta vez são médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras com habilitação para o exercício da medicina, ao contrário da primeira vez, quando o Estado recebeu 20 médicos cubanos, no mês de junho, os quais estão trabalhando em 13 municípios, sendo que um deles atua em um Distrito Sanitário Indígena (DSEI) Xavante.
Os novos médicos vão chegar a Cuiabá nesta quinta-feira (05.09), quando vão passar pelo 15º ciclo de capacitação realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e pela Comissão de Coordenação Estadual do Projeto Mais Médicos em Mato Grosso, composto pelo Ministério da Saúde, o Conselho de Secretarias municipais de Saúde e pela Universidade Federal (UFMT).
De acordo com a coordenadora de Atenção Primária da SES/MT, Regina Paula de Oliveira Amorim Costa, os médicos brasileiros estão inscritos para a segunda fase do processo de seleção do Projeto Mais Médicos para o Brasil, e irão substituir vagas dos médicos Cooperados de Cuba, que já cumpriram com a missão de permanência pelo período de três anos no Brasil.
“Os 35 novos médicos serão recepcionados no dia 05 de outubro, a partir das 10h, no Paiaguás Palace Hotel. Eles passarão por capacitação para conheceram os principais agravos da vigilância em saúde, com ênfase nas características dos municípios nos quais esses médicos desenvolverão suas atividades, integrados às equipes de atenção primária, bem como a política pública de saúde, o SUS, e a importância do trabalho na atenção primária em saúde do Estado”, destacou Regina Paula de Oliveira Amorim Costa.
Os novos profissionais vão aprender a utilizar o sistema de informação utilizado na atenção básica (e-SUS AB), a funcionalidade do prontuário eletrônico do cidadão, sua implantação em Mato Grosso e nos municípios em que atuarão. E serão cadastrados na plataforma do Programa Telessaúde MT, além de terem experiências com as potencialidades dessa importante ferramenta no apoio ao processo de trabalho, por meio de tele consultorias, serviços de telediagnóstico e tele educação à distância, que serão disponibilizadas para as equipes de saúde nos territórios de atuação do programa.
Após este primeiro encontro, os profissionais seguirão para os seus municípios de destino, de acordo com a seguinte distribuição:
MUNICÍPIOS | Nº DE MÉDICOS |
ACORIZAL | 1 |
ALTA FLORESTA | 1 |
ALTO PARAGUAI | 1 |
APIACÁS | 1 |
ARAGUAIANA | 1 |
ARIPUANÃ | 1 |
BARRA DO GARÇAS | 1 |
CAMPINÁPOLIS | 1 |
COCALINHO | 1 |
COLÍDER | 1 |
CONFRESA | 1 |
DOM AQUINO | 1 |
GAÚCHA DO NORTE | 1 |
GENERAL CARNEIRO | 1 |
ITIQUIRA | 1 |
JAURU | 1 |
JUARA | 2 |
JURUENA | 1 |
NOVA BANDEIRANTES | 1 |
NOVO HORIZONTE DO NORTE | 1 |
NOVO SÃO JOAQUIM | 1 |
PORTO DOS GAÚCHOS | 1 |
QUERÊNCIA | 1 |
SANTO ANTÔNIO DO LESTE | 1 |
SAO FÉLIX DO ARAGUAIA | 1 |
SAO JOSÉ DO RIO CLARO | 1 |
SAO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS | 1 |
SÃO PEDRO DA CIPA | 1 |
SINOP | 2 |
TERRA NOVA DO NORTE | 1 |
TORIXORÉU | 1 |
VILA RICA | 2 |
TOTAL | 35 |
“O evento será um dia de trocas de experiências, esclarecimentos quanto às competências dos médicos e dos gestores municipais, que estão previstas no ´Programa Mais Médicos`, de acordo com a legislação que regulamenta o programa e os preceitos constitucionais e organizativos do SUS. Essas informações são importantes e serão trabalhadas para que os médicos possam desenvolver as ações assistenciais de saúde, de forma contextualizada à realidade mato-grossense”, enfatizou a coordenadora de Atenção Primária da SES/MT.
SES/MT faz o acompanhamento do “Programa Mais Médicos”
É responsabilidade dos estados comporem a comissão estadual do projeto, promovendo as ações de coordenação, orientação e execução das atividades necessárias à sua execução (Portaria interministerial nº 1.369, de oito de julho de 2013).
O governo do Estado, por meio da SES/MT, instituiu a Comissão de Coordenação Estadual do Projeto Mais Médicos, que tem em sua composição representantes da Secretaria de Estado de Saúde, do Ministério da Saúde que atuam no Estado, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, da UFMT e, ainda, integrantes dos distritos sanitários indígenas. Também integra esta Comissão a Organização Pan-Americana da Saúde, por meio de seu Escritório que atua em Mato Grosso, sendo a responsável pelo acompanhamento dos médicos da cooperação internacional Brasil-Cuba.
“Todas estas representações garantem o acompanhamento muito próximo das atividades dos médicos, inclusive realizando supervisões médicas durante a fase de execução do programa, com o intuito de garantir a qualidade dos serviços de saúde para os usuários do SUS, bem como adequadas condições de trabalho aos profissionais médicos”, explicou Regina Paula de Oliveira Amorim Costa.
Da implantação do programa em Mato Grosso:
Mato Grosso conta com 220 profissionais do Projeto Mais Médicos e, com a chegada dos novos profissionais, o número será ampliado para 255 médicos alocados em 102 municípios e nos cinco distritos sanitários indígenas – DSEI (dados sujeitos a alterações), atendendo cerca de um terço da população mato-grossense.
O município com maior número de médicos do projeto é Tangará da Serra, com 22 profissionais. Com a adesão ao projeto, o município conseguiu implantar novas equipes de saúde, ampliando a cobertura da estratégia saúde da família de 31,67% para 100%.
“Experiência exitosa também ocorreu no município de Cáceres. Na ocasião da chegada dos médicos as equipes de saúde da família não tinham profissionais médicos e graças ao projeto, foi possível alocar 12 profissionais nessas equipes. A partir desta iniciativa, ocorreu a diminuição da rotatividade de médicos, inclusive nos municípios mais distantes da Capital e com menores taxas populacionais”, salientou a coordenadora de Atenção Primária de Saúde da SES/MT.
Desde o início do “Projeto Mais Médicos para o Brasil” foram lançados vários editais e apenas o primeiro foi aberto à livre adesão a qualquer município; os demais foram para municípios definidos como prioritários a partir de indicadores sociais determinados pelo Ministério da Saúde e para os que não tiveram suas vagas preenchidas ou respostas de profissionais que por alguma razão deixaram o projeto.
Como potencialidades do projeto, destaca-se a importante contribuição para a gradativa mudança na formação profissional para o SUS e para a organização dos processos de trabalho das equipes de saúde.
Outros pontos importantes do programa são o notório fortalecimento das ações de ensino em serviço e a possibilidade de fixar profissionais por um maior período em localidades mais distantes da Capital, com menores condições de infraestrutura e dificuldades de acesso aos serviços de saúde.
Na visão do governo do Estado e da Secretaria de Estado de Saúde essas ações possibilitam a ampliação da oferta de serviços de saúde à população, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que aqui moram, especialmente nos municípios mais distantes da capital.
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