Uma parceria entre as secretarias estaduais de Saúde, Educação e Assistência Social realiza a Semana Nacional de Mobilização organizada pelo Ministério da Saúde no combate ao Aedes aegypti. A mobilização tem como objetivo envolver as escolas, as unidades de saúde e as unidades de serviço social de todos os municípios do Estado de Mato Grosso para trabalhar no combate ao mosquito, principalmente porque estamos no início do período de chuvas, onde a incidência de doenças transmitidas pelo vetor aumenta, em consequência da sua maior reprodução.
Na tarde desta quarta-feira (25.10), no saguão da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a Gerência de Controle de Vetores e Zoonoses da Vigilância em Saúde Ambiental realizou uma palestra abrangendo as fases de vida do mosquito, possíveis criadouros, os cuidados para evitar o desenvolvimento do mosquito, entre outras informações necessárias para ajudar nessa luta a favor da saúde.
Sandro Luiz Neto, biólogo e gerente da Gerência de Controle de Vetores e Zoonoses da Vigilância em Saúde Ambiental, falou sobre essa parceria entre as secretarias e a importância da campanha. “É preciso que a sociedade se envolva com isso. É preciso que todos lembrem, embora a maioria já saiba como combater, como evitar, mas nem todo mundo pratica. E por incrível que pareça, existem pessoas que não sabem nada, muita gente que se você perguntar sobre o mosquito, ele não sabe o que é, pois tem muita gente que a mídia não alcança. Então ainda existem muitos bairros, muitas casas em que o Aedes, o lixo, o criadouro, são problemas”, ressaltou.
Sandro também pontuou que esse trabalho de combate deve ser constante e durante o ano todo, apesar de ser lembrado somente quando a incidência de chuvas aumenta. “Nosso trabalho tem que ser constante e vai perdurar ainda por muitos anos, embora Mato Grosso já tenha passado pelos quatro ciclos do vírus da dengue, agora estamos enfrentando outras doenças, como a zika e a chikungunya. Então uma das preocupações é que o mosquito Aedes é eclético, e vai nos trazer problemas por muito tempo. Portanto, quanto mais áreas articularmos, melhor para termos esse controle”, concluiu.
Além dos trabalhos das unidades de saúde e de assistência social, a programação nas escolas também já começou. Algumas têm incluído em seu plano político-pedagógico, de forma permanente através do programa Saúde na Escola (PSE), os problemas causados pelo Aedes aegypti. “Algumas escolas já fazem isso durante todo o ano letivo e, agora com o nosso chamamento, todas as escolas estão mobilizadas”, observou o biólogo.
Sandro informou que a equipe possui uma estratégia de comunicação a respeito das ações desenvolvidas nessa campanha através de um link disponibilizado pelo Ministério da Saúde, o qual é alimentado pelos municípios com informações sobre quantas escolas, quantas unidades de saúde e quantas unidades de serviço social de mobilizaram para o combate. ”Informações sobre como mobilização, atividades, como mutirão de limpeza, palestras, teatro, etc. Qualquer estratégia de comunicação ou atividade deverá ser registrada, e até a próxima quarta-feira iremos divulgar um balanço com o resultado de todas as ações”, ressaltou. Números como quantos municípios participaram, escolas mobilizadas e o número de pessoas que foram atingidas por essa ação também serão divulgados. “Inclusive a divulgação de resultados já começou, pois algumas escolas já encaminharam imagens e registros dessas atividades”, finalizou Sandro.
Na Escola Estadual Djalma Ferreira de Souza, localizada no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, uma das unidades que já possui no seu plano anual pedagógico o programa Saúde na Escola, haverá nesta sexta-feira, às 9h, uma palestra para cerca de 300 alunos sobre o objetivo da campanha e algumas orientações sobre o combate ao Aedes aegypti.
Ana Cláudia Guimarães | Assessoria SES/MT
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