Muito se fala sobre as perspectivas futuras da “Grande Barra”, que é formatada pela própria Barra, Pontal do Araguaia e Aragarças. Alguns moradores de Aragarças chiavam quando fazíamos tal colocação, a exemplo do ex-prefeito Marcão e o Everaldo seu antigo escudeiro e posteriormente candidato a prefeito, e que tinha boas ideias e excelentes planos para a sua cidade.
Mas o que nos assusta e ao mesmo tempo nos alegra é a chegada de grandes empresas e outros empreendimentos de vulto que acreditam no potencial sócio econômico do Vale do Araguaia e mais ainda em Barra do Garças, como Polo Regional desta imensa e rica região.
O que assusta, segundo estudiosos, é que estes grandes empreendimentos tem dois (ou mais) pontos em comuns, encurtar distância e sugar os numerários da grande maioria da população. Para quem não sabe, estas grandes empresas quando vendem através das redes sociais teriam que, por força de Lei, remeter os produtos para as capitais onde não haja lojas no mesmo.
Daí as ramificações de empreendimentos em vários polos. Encurtam, como o dito, as distâncias e ficando mais perto do consumidor final. Temos como exemplo destas colocações o Friboi, as Casas Bahia, Havan, Moveis Gazin, Todimo e outras que aqui chegaram para fazer este papel de canalizador dos bens comuns.
O que muitos ainda não atentaram é que o único dinheiro que fica aqui são os repassados aos funcionários que ganham misérias (embora ajude muito com a falta de empregos dignos). O resto do dinheiro, os lucros propriamente ditos, vão para as matrizes. Até os prédios são terceirizados, ou seja, alugados.
Na outra ponta temos que valorizar (mas não valorizamos) as empresas, genuinamente barra-garcense, a exemplo de um Supermercado Nilo, Viação Xavante, Lares e Construlares, e muitas outras onde o emprego e os lucros ficam por aqui mesmo, engordando nossa economia.
O tema do momento é a chegada do Atacadão. Vai vender muito, principalmente por ser notoriamente conhecido por seus bons preços.- agora fica uma pergunta? – Para onde vai os lucros? Dele, do Friboi, da Havan, das Casas Bahia e outras?
Infelizmente o progresso tem um preço. Uns tiram, outros colocam…
É o caso das cooperativas Sicoob e Sicredi. Foram instaladas com grandes e efusivos aplausos pelos seus idealizadores e associados. Barra tinha tudo para polarizar os mandos das mesmas, até porque a população demonstrava poderes de riqueza e de aglomeração, mas não foi isto que aconteceu, faltando aglutinação dos próprios criadores e associados.
Faltou, na verdade, o verdadeiro bairrismo dos aplicadores, o que não aconteceu com as outras có irmãs, de Água Boa, Canarana e até Rondonópolis. As duas primeiras tomaram de galhardia os mandos da Sicredi, enquanto Rondonópolis abiscoitou o mando da Siccob, deixando Barra do Garças mais uma vez a ver navios, vendo a banda passar, ou seja, cria e repassa.
Esta falta de união vem prejudicando a “Grande Barra” no dia a dia. Cite-se o turismo, onde também muitos pregam seu poder econômico somente de tempo em tempo.
…E o vento vai levando…
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