Seis por meia dúzia

Teve início no último dia 08 à tão esperada fase do troca-troca partidário. É a chamada “janela partidária” que da chance aos desajustados e oportunistas procurarem rumos políticos. Uns e outros comportam como transmissores de esperanças, enquanto outros querem somente negociar, tirar proveito, pois sabem que o seu futuro político é incerto e mal sabido.

Os negociadores e oportunistas tem até o dia 07 de abril para se ajustarem ou, no mínimo, por tirarem uma “beirinha”, nas citadas infiltrações que poderão ou não serem benéficas para as partes (partidos e candidatos) envolvidas.

Como ressaltou um estudioso no assunto “com essa liberdade, esfacelam-se as bancadas no Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Cada parlamentar esquece cor partidária, ideologia e principalmente o compromisso assumido com o eleitor, para correr atrás do interesse próprio”.

Continuando ele colocou que “a negociata corre solta, envolvendo recursos para campanha, horário de rádio e televisão e outras vantagens àqueles que decidirem mudar de caminho. É um período em que fica explícita a pouca importância que se dá aos partidos, usados apenas como cartórios para a validação de candidaturas ou, até, para coisas menos nobres”.

Conforme estudos captados, nas grandes democracias, o cidadão começa e termina a vida política sem trocar de partido, pois além de sua localização, existem o quadro ideológico e os compromissos com a comunidade a serem respeitados.

Aqui no Brasil e, principalmente em Mato Grosso, os descontentes pulam para o lado oposto sem qualquer constrangimento. São muitos os casos, sendo só mais notáveis os dos deputados Federais, Valtenir Pereira, que todo dia muda de agremiação e do deputado estadual, Adalto de Freitas, que por acaso tenta defender, sem sucesso, o Vale do Araguaia.

O que se sabe é que embora ninguém possa ser candidato sem estar filiado a um partido, a agremiação e seu programa pouco importam e são descartados com a mesma facilidade que se troca uma camisa ou uma cueca.

Outros dados colocam que “o pior é que, mesmo maltratados como são, os partidos detém grande volume de verbas do fundo partidário e a partir desse ano também receberão o numerário público para o custeio de campanha.”

O que se nota é que não há impedimento regulamentar neste preâmbulo. A nossa notória falta de tradição e firmeza partidária é flagrante.

Segundo uns poucos tradicionais e mantenedores de base partidária “é mais um item que a reforma política e eleitoral não deve deixar passar em branco. Instituições para onde se carreia tanto dinheiro público não podem ser tratadas como agente do interesse de poucos, quando o seu custeio é oriundo dos impostos pagos por toda a população”.

É por estas e outras razões (dentre elas a corrupção) que temos que alijar do processo eleitoral todos estes cangurus…

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