manutenção da aliança do PSD com o governador Pedro Taques (PSDB) não está descartada. A sigla pode seguir na composição caso seja garantido o espaço para o vice Carlos Fávaro disputar o Senado pela chapa que será construída pelo tucano para viabilizar seu projeto de reeleição.
Enquanto isso, os deputados estaduais seguem na base governista fazendo a sustentação de Taques na Assembleia. Os cargos no Executivo continuam à disposição, mas a decisão de exonerar ou não os social-democratas que fazem parte da equipe será do governador.
A deliberação foi tomada na reunião realizada na manhã desta quarta (28), na Vice-Governadoria. Além do próprio Fávaro, participaram os deputados estaduais Gilmar Fabris, Wagner Ramos, Pedro Satélite e Ondanir Bortolini, o Nininho.
Agora, o comando do PSDB aguarda o retorno de Taques que cumpre agenda em Barra do Garças para comunicar a decisão. A expectativa é que o encontro aconteça no final da tarde de hoje.
Segundo Fávaro, a reunião com a bancada reafirmou a decisão da base partidária realizada no último dia 22. Ele lembra que o PSD pretende manter a independência para viabilizar sua pré-candidatura ao Senado com liberdade para dialogar com todas as correntes políticas com objetivo de construir um projeto para Mato Grosso sem levar a pecha de traidor.
Na semana passada, Fávaro participou de eventos do DEM e PTB. As duas siglas se encaminham para oposição e não devem apoiar a reeleição de Taques. “O PSD mantém a independência sem romper com o governador. Vamos dialogar com todos, mas nada impede de decidir manter a aliança com o PSDB do governador Pedro Taques mais adiante”, explicou Fávaro ao .
“Estamos construindo a candidatura ao Senado. Não temos candidato a governador ou vice. Essa é a decisão partidária que estamos colocando em prática”
O vice-governador também enfatiza sua pré-candidatura ao Senado. Mesmo assim, garante que não existe exigência por apoio de Taques. “Estamos construindo a candidatura ao Senado. Não temos candidato a governador ou vice. Essa é a decisão partidária que estamos colocando em prática”, completou.
Além disso, Fávaro argumenta que a permanência dos deputados estaduais na base de Taques não contrapõe nenhuma decisão partidária. Ele justifica que o PSD tem compromisso com o governo até o final de 2018 e que a sustentação política no Legislativo está garantida.
Já os cargos do PSD no Executivo continuam à disposição de Taques, que deve decidir sobre a permanência ou não dos membros da equipe. O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Sávio, não deve ser candidato nas eleições de outubro e poderá ficar no cargo a pedido do governador.
Os presidentes da Ager, Eduardo Moura e da Empaer, Layr Motta, pedem exoneração na próxima semana. Os dois são pré-candidatos à Assembleia e Câmara Federal, respectivamente.
Os cargos de segundo e terceiro escalão ocupados por indicados pelos deputados estaduais do PSD serão mantidos. Neste caso, a deliberação já havia sido tomada na reunião do dia 22.
Taques nega qualquer problema com o PSD e não vislumbra ruptura com os aliados. Afirma ainda que mantém excelente relação com Fávaro.
Reunião
Na reunião realizada no dia 22, a base do PSD liderada pelo presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, decidiu pela independência perante Taques com a entrega dos cargos. A decisão desagradou a bancada da Assembleia, que horas depois se reuniu com o governador para reafirmar a lealdade.
Jacques Gosch/RdNews
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