Em MT apenas 15% dos municípios atingiram a meta nacional.
Rose Velasco | SES-MT
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) comunicou os 16 Escritórios Regionais de Saúde para que reforcem a necessidade de vacinar as pessoas do grupo prioritário contra a gripe influenza. A campanha de vacinação foi prorrogada até o dia 15 de junho pelo Ministério da Saúde.
Apenas 15% dos municípios do Estado atingiram a meta nacional e registram índices acima de 90% de cobertura vacinal. De acordo com a SES/MT, os menores índices de cobertura vacinal estão entre as crianças na faixa etária entre seis meses e cinco anos de idade, gestantes, puérperas, idosos acima de 60 anos e indígenas.
O município de Santa Cruz do Xingu registrou a aplicação de apenas 3% de vacinas até o momento. Nova Nazaré registrou apenas 14,41% de cobertura vacinal; Rondolândia 18,89% e General Carneiro com 19,58%.
Os dados são preliminares e os municípios podem lançar os dados de vacinação até quinze dias após o término da campanha nacional. Os municípios foram orientados a comunicar os dados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (Sipni).
As maiores coberturas vacinal estão entre os trabalhadores das áreas da saúde e educação, com índices acima de 80%.
Grupo prioritário
Em todo o Estado a cobertura vacinal do grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde é de 72%. As pessoas que precisam ser vacinadas são as seguintes: pessoas com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de seis meses a cinco anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), profissionais de saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais e população privada de liberdade, além dos funcionários do sistema prisional.
A vacina contra gripe é segura e salva vidas. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza.
A imunização deve ser feita antes do início do inverno, que começa em junho, isso porque a vacina contra gripe não está na rotina do Calendário Nacional de Saúde. Trata-se de uma vacina de campanha, ou seja, ocorre somente em um período específico, de maior circulação do vírus, que vai do final de maio até agosto. “A vacina leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação”, explicou Mara Patrícia, superintendente de Vigilância em Saúde da SES-MT.
De acordo com Thiago Rondon, gerente de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis, todas as doses de vacinas (850 mil doses) destinadas pelo Ministério da Saúde para atender a população prioritária de Mato Grosso já chegaram e foram distribuídas para os 16 Escritórios Regionais de Saúde, porém, a última entrega dos lotes de vacina coincidiu com a paralisação nacional dos caminhoneiros e isso dificultou a chegada das doses até os municípios mais distantes da capital. Por isso, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha.
O que é gripe influenza:
É uma infecção viral aguda do trato respiratório, com elevada transmissibilidade, podendo ser contraída várias vezes ao longo da vida, podendo se manifestar de forma mais ou menos grave. Existem vários tipos e subtipos do vírus Influenza. Contudo, apenas os vírus A e B causam doença com impacto significativo na saúde humana. A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente nos meses do outono e do inverno. No Estado do Mato Grosso ocorre à circulação de vírus da Influenza Sazonal A H3 e B. Informou a Vigilância Epidemiológica estadual.
Diferença entre gripe comum e síndrome respiratória aguda grave
A gripe comum apresenta sintomas como febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e início dos sintomas. É importante procurar o médico para o tratamento adequado.
A síndrome respiratória aguda grave também provoca febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e dispneia (dificuldade para respirar). Também podem ser observados os seguintes sinais: saturação de O2 menor que 95% (nível de oxigênio no sangue) ou desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória.
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