PM em Aragarças intimida primeira-dama

A advogada Mara Nei Elias, primeira-dama de Aragarças reclama das estranhas atitudes da Polícia Militar de sua cidade.  Alega que a PM local tomou o partido de alguns vereadores, em constante atrito com o prefeito, que se recusa a atender suas exigências descabidas.

A primeira-dama conta que para uma simples intimação ao prefeito, que se encontra em viagem para Goiânia e Brasília, tentando liberar emendas parlamentares, um funcionário da Câmara usa o aparato da PM, mantendo vigília em sua residência ou no gabinete, mesmo sabendo que o prefeito não se encontra na cidade.

“Lamentável que instituição tão séria quanto a PM, que recebe todo apoio da nossa administração, se envolva em questões dessa ordem” – frisa.  A advogada Mara Nei salienta ainda que recente consulta de opinião comprova que a população de Aragarças reconhece o esforço de José Elias para não deixar dilapidarem o Município, como aconteceu no mandato passado, quando o prefeito chegou a ser preso por não resistir às pressões.

MOTIVOS DA DISPUTA

Questionada sobre as razões que levaram os vereadores a romperem com José Elias, a primeira-dama explica tratar-se da impossibilidade de  satisfazer a ambição pessoal de alguns,  além de questões do maior interesse do Município. Mara Nei cita entre outros o problema do esgoto sanitário, cuja obra foi interrompida há cinco anos, por corrupção envolvendo a empresa com a então diretoria da SANEAGO, o que resultou em várias prisões. “Agora – comenta – enquanto o prefeito renegocia com a atual diretoria a retomada dos serviços, os vereadores votaram uma lei, simplesmente cancelando a concessão da SANEAGO.” Pelo que se comenta, pretendem, com essa lei, vender a concessão da água e esgoto do Município para uma empresa de Mato Grosso, a fim de se locupletarem, além de criar mais dificuldades ao prefeito, que é parceiro político do Governo do Estado.

Diante das ações intimidatórias dos policiais, a primeira-dama Mara Nei também se deslocou para a Capital, por não tolerar o cerco da Polícia à sua residência, como se perseguisse um marginal, bem como ao gabinete, de forma afrontosa.

Questionado José Elias lamenta que a Polícia Militar esteja se servindo para escoltar funcionário que está sendo processado e vereadores, entre os quais, Alcione Silva, que já foi cassado em primeira instância e está indiciado por furto em inquérito da Polícia Civil.

Por: Claudio Vieira