Em Canarana estão em tratamento 75 pacientes, de um total de 260 contatos registrados e 159 avaliados. Trabalho na região foi iniciado há cerca de seis meses.
Rose Velasco | SES/MT
No primeiro semestre deste ano, a equipe técnica do Escritório Regional de Saúde de Água Boa, com o apoio dos servidores da Vigilância Epidemiológica do município de Canarana, detectou 48 novos casos de hanseníase por meio do projeto busca ativa. A técnica consiste em visitas aos moradores que é realizada pela equipe do Programa Saúde da Família (PSF). Dos 48 novos pacientes em tratamento, dois são crianças.
As visitas técnicas foram realizadas nas seguintes comunidades: Culuene, Garapu, Matinha Serra Dourada e Assentamento Suiá e nas Unidades de Saúde: PSF Bela Vista, PSF Pioneiro, PSF Mutirão, PSF Tropical e PSF União.
“Os novos pacientes passam por avaliação física e dermatológica, já aqueles que já fazem uso de medicamento fazem avalição para acompanhamento da evolução do tratamento”, informam o enfermeiro Lenir Alves do Amaral e a servidora Claudia Rosa de Souza, da Vigilância Epidemiológica.
De acordo com informação da enfermeira e Coordenadora da Vigilância Epidemiológica Alene Silva Vitti, em Canarana estão em tratamento 75 pacientes, de um total de 260 contatos registrados e 159 avaliados. Depois que se iniciou este trabalho, há cerca de seis meses, já foram avaliados 335 pacientes entre moradores da cidade e do interior. Foram manipuladas pomadas hidratantes para os pacientes em tratamento que possuem pele ressecada, um agravante da doença, e que são entregues para aqueles que necessitam sem custo algum.
O projeto de busca ativa nos municípios tem apresentado resultado importante para o Plano Estadual de Enfrentamento da Hanseníase criado pelo governo do estadual e executado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com os 16 Escritórios Regionais de Saúde e com os 141 municípios.
“O Plano prevê como prioridades a prevenção e a detecção de pessoas doentes e que vivem à margem da rede pública de saúde sem tratamento e com sérios riscos de sofrerem mutilações, que são consequências da hanseníase”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
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