Servidores teriam ateado fogo no prédio com a intenção de destruir documentos que comprovariam o desvio de recursos públicos no departamento de compras do município. Outras três pessoas suspeitas de envolvimento no incêndio também foram presas.
Por G1 MT
Quatro servidores municipais de Nova Bandeirantes, a 980 km de Cuiabá, foram presos nesta terça-feira (13), suspeitos de envolvimento em um incêndio criminoso que destruiu parte do prédio onde funcionava a prefeitura, em outubro do ano passado.
De acordo com a Polícia Civil, cinco mandados de prisão temporária foram cumpridos no município, um em Cuiabá e outro no presídio Osvaldo Florentino, o Ferrugem, em Sinop, a 503 km da capital. O alvo do mandado cumprido na unidade prisional é o suspeito de ter sido contratado pelos servidores para atear fogo no prédio, que já estava preso por outro crime.
Duas advogadas e um contador foram presos nesta terça-feira suspeitos de planejar o incêndio com o objetivo de apagar provas de um suposto esquema de desvio de dinheiro e fraude em notas fiscais por serviços prestados à prefeitura.
Doze dias antes do incêndio, uma equipe da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) esteve na prefeitura durante operação “Loki” que investiga atos do prefeito.
Segundo as investigações, dois servidores, juntamente com antiga assessora jurídica do município, teriam se aproveitado para por fogo no prédio com o intuito de incriminar o prefeito Valdir Rio Branco (PSB) para se livrar de um procedimento administrativo (PAD) que respondiam na época.
Além das advogadas e do contador, foram presos um vigilante, uma servidora que tinha um cargo na Controladoria do município e um técnico em telecomunicações que teria sido contratado para incendiar o prédio e que teria confessado o crime.
O técnico teria contratado o rapaz que está preso em Sinop e outro suspeito que foi morto em maio deste ano.
Os presos podem responder por associação criminosa e dano qualificado com emprego de fogo.
Ao G1 o prefeito disse que apesar do encerramento do PAD ter sido concluído e os servidores exonerados, três conseguiram na Justiça, o direito de retornar às funções. No entanto, eles foram realocados e já não atuavam no departamento de compras.
Valdir Rio Branco esclareceu que, das sete pessoas presas nesta terça-feira, quatro eram servidores públicos de carreira, uma das advogadas foi assessora jurídica do município na gestão anterior, mas já não prestava mais serviços à administração. Já o técnico em telecomunicações contratado para atear fogo não era servidor.
Atualmente a prefeitura funciona em um prédio alugado, enquanto a nova sede está sendo construída. O prefeito disse que aguarda o resultado no processo judicial para tomar providências quanto aos servidores.
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