Dez dias após a suspensão das exportações de carne bovina para a China, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a autorização para o retorno das vendas nesta quinta-feira (13). Para o Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), a rápida atuação do governo foi essencial para evitar a suspensão de outros mercados e o rápido retorno da China às compras.
A China é segundo maior comprador da carne bovina de Mato Grosso e comprou o equivalente a US$ 50 milhões este ano. Juntamente com Hong Kong representam 26% do mercado internacional da carne do Estado e a demanda por proteína é crescente em decorrência da peste suína que atingem o continente asiático.
O presidente do IMAC, Guilherme Linares Nolasco, explica que a iniciativa do Mapa em suspender a exportação foi essencial devido a um protocolo bilateral entre os países. “Parar as exportações naquele momento foi uma ação legalmente necessária e dá credibilidade e segurança jurídica para a relação comercial. A rápida atuação do Ministério nos garantiu o retorno ao mercado e as vendas devem ser regularizadas em breve”.
Uma vez restabelecia a relação comercial, a expectativa do IMAC é que o processo de habilitação de novas plantas frigoríficas para exportação seja retomado. “Volta a ser prioridade o credenciamento de novas indústrias para atender a demanda chinesa pela nossa carne”, afirma Guilherme Nolasco.
Confira a nota oficial do Mapa:
A China vai retomar as importações de carne bovina do Brasil que estavam suspensas desde o dia 3 de junho, por conta da notificação de caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), detectado em Mato Grosso.
A China é o único país, entre os importadores do Brasil, que tem protocolo sanitário que exige a suspensão temporária das importações de carne quando detectado caso atípico de EEB. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, recebeu a notícia da reabertura do mercado chinês nesta madrugada. A ministra reafirmou que vai continuar negociando um novo protocolo com as autoridades sanitárias chinesas.
A doença foi constatada em uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o material de risco específico para EEB foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro. Outros produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não havia, portanto, risco para a população.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) encerrou no último dia três, o pedido de informações complementares do Brasil sobre o caso, o que mostrou que não há risco sanitário. As exportações de carne bovina continuaram normalmente para os demais países.
Laís Costa Marques / Assessora de Imprensa IMAC
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