CLOROQUINA – A CRÔNICA DO DESASTRE ANUNCIADO

Foto: Reprodução

Teimosia, deficiência mental ou estelionato? Toda a discussão em torno do uso indiscriminado da cloroquina ou hidroxicloroquina no tratamento da Covid 19 gira em torno da necessidade do presidente Bolsonaro manter sua opinião em torno da matéria, pela qual toma qualquer atitude ou atropela quem à sua frente se colocar para não voltar atrás.

Como diz o ditado, ele é maluco, mas não é burro. Bem ou mal está tentando manter o seu fora da reta, opinando e direcionando a opinião de seus seguidores e, até de muitos mais, para o uso indiscriminado do medicamento, porém sem oficializar ou determinar o uso por responsabilidade do ministério da Saúde e, consequentemente, do governo Federal.

Com o lançamento do termo de responsabilidade anexado ao falso protocolo, que não passa de uma orientação fajuta, o presidente está afirmando dar segurança aos médicos, porém não passa de uma falácia, pois, no frigir dos ovos, a decisão cabe ao paciente que, salvo raros casos, não possui capacidade intelectual, cultural e/ou técnica para discernir sobre o uso de cloroquina ou seus derivados.

Seguida a decisão do ministro Barroso, do STF, todas as tentativas de tirar as responsabilidades dos médicos e, por consequência, do governo Federal, caem por terra como nulas, por não se apoiarem em argumentos técnico-científicos comprovados e ratificados.

Os pacientes, tomados ou pretensamente tomados pela doença, serão radicais na exigência do receituário médico necessário à aquisição do medicamento ou na aplicação do tratamento na unidade de saúde em que o paciente estiver internado.

Os médicos, pretensamente escorados no termo de responsabilidade, cumprirão a vontade do paciente e, se o pior acontecer, se verão nas barras dos tribunais respondendo patrimonial e profissionalmente pela decisão levada a efeito por incitação irresponsável de um presidente irracional e desastrado.

E não são apenas pelos óbitos que serão pedidas as reparações. Também, e muito mais graves, extensas e onerosas, serão as reparações às sequelas provocadas pelo medicamento, algumas já bastante conhecidas e afirmadas, que exigirão tratamentos, muitas vezes, por toda a existência do infeliz paciente, que apenas acreditou que o presidente da República era alguém sério e confiável.

Da Assessoria

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