RETOMADA

Participei, ontem, de uma reunião de diretoria de uma empresa em que sou consultor. A pauta foram as ações a serem implementadas para propiciar a retomada ainda durante a pandemia e no pós-pandemia.

Na reunião acontecida no início do isolamento social, as projeções mostravam uma queda de trinta por cento no faturamento da empresa, que seria difícil de suportar e poderia levar ao encerramento dos negócios.

Uma atuação rápida e eficiente na adoção de economia de guerra, com cortes profundos em todos os custos não essenciais, um pequeno número de demissões de pessoal supérfluo e otimização dos estoques e dos processos logísticos permitiu atingir o novo patamar de gastos dentro da previsão de recessão.

Para nossa surpresa, uma especial atenção aos clientes de bens essenciais gerou apenas uma queda de faturamento de menos de treze por cento, garantindo resultados iguais ou superiores aos praticados nos meses antes da pandemia.

Um dos fatos citados e confirmados na última reunião foi a importância dos conhecimentos adquiridos nos primeiros setenta e cinco dias de exceção que, agora, nos permitem dar partida num projeto de retomada ainda em plena pandemia, nos preparando para estarmos fortes e saudáveis logo após o cessar dos efeitos da crise de saúde pública atual.

Nem sempre uma crise é parcial ou totalmente prejudicial. Em muitos casos, como na empresa a que me referi, são muito úteis para um processo de depuração, que nunca seriam implantados em tempos normais.

Muitos dos custos reduzidos serão reavivados com a evolução do processo de retomada, pois são imprescindíveis para garantir o bom funcionamento e o melhor atendimento aos nossos clientes, porém a maioria dos custos supérfluos ficará reduzida, permitindo uma gestão mais enxuta da empresa e a garantia de melhores resultados financeiros e comerciais, além da reposição dos empregos, com seleção mais acurada para melhorar a capacidade média dos colaboradores.

Quanto aos efeitos internos da pandemia, tivemos, até agora um número inexpressivo de colaboradores contaminados, nenhum entre os da faixa de risco, nenhuma hospitalização e nenhum óbito, entre nossos mais de trezentos colaboradores, resultado de um excelente trabalho de prevenção e treinamento, cujos resultados estão sendo colhidos com total êxito.

Frederico Lohmann é arquiteto e consultor

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