BARRA DO GARÇAS EM CAPÍTULOS – V

Depois de Carolino tivemos a soberania de Wilmar e Wanderlei. O primeiro se destacou por construir o novo Paço Municipal e instalar uma elogiável de redes de esgotos na maior parte da cidade, demonstrando coragem em empreender em obras que, depois de concluídas, caem no esquecimento pelo povo e, por consequência, pelo eleitor. Outro administrador que surpreendeu foi Wanderlei, que fez de Barra um grande canteiro de obras nos seus mandatos consecutivos.

Antes e depois de Wanderlei tivemos as catastróficas administrações de Paulo Raye, que foi cassado, desmoralizado e deixou a cidade ao Deus dará. Paulo Sérgio, o vice, tapou o buraco por 10 meses e não disse ao que veio. Paulo Raye sumiu para um rincão goiano, onde também deixou sua marca de incompetente.

Como se eles não bastassem, receberam o concurso de Welinton Chaparral, que assumiu as rédeas da cidade e das badernas com total incompetência. Foi um desastre descomunal que ratificou o descrédito de Barra do Garças perante todo o estado.
Hoje, estamos nos estertores de mais um mandato de total incoerência e incompetência administrativa, além de ter nas suas costas algo em torno de 150 processos por malversação de recursos públicos e erros crassos administrativos, disputando com seu parceiro José Riva a supremacia de quem é o mais “esperto” do estado.

BARRA DO GARÇAS EM CAPÍTULOS – VI

Numa certa contrapartida aconteceram grandes investimentos na região, ao longo da BR-158, como as fazendas Suiá-Missú, Tamakavi e muitas outras. Dentro de Barra aconteceu Mário Amato, além de alguns outros, todos influenciados pelo Projeto Sudam. Há quem diga, e a realidade que hoje verificamos comprova, que esses investidores aplicaram uma pequena parte aqui e o restante foi desviado para São Paulo, engordando ainda mais os bolsos daqueles malfadados empresários.

Para prejudicar ainda mais a região, aconteceu a funesta interferência do endemoniado Bispo Dom Pedro Casaldáliga que, ora à frente dos invasores de terras e ora à frente dos índios, impediu durante muito tempo a pavimentação da BR-158 e o acesso das tecnologias oferecidas na época às empresas do vale. Muitos consideraram Casaldáliga como um cancro para o desenvolvimento do Vale do Araguaia, pois até hoje ainda sofremos na carne a sua maléfica intervenção nos destinos da região.

Para finalizar nossas reminiscências, lembramos da Coopercana, outro dos malfeitos regionais e quando o governo federal deu guarida aos colonos sulistas que estavam desabrigados no sul do país, oferecendo glebas de terras na região do Araguaia.
Os sulistas eram liderados por Norberto Schwantes, que abraçou a ideia e implantou, junto com outros e no decorrer do tempo, vários núcleos de colonização agrícola e pecuária. Colocaram mão à massa, trabalhando de sol a sol para a sobrevivência do projeto que passou a dar sustentação econômica não só aos agricultores como também aos planos formatados para a criação de uma grande cooperativa que passou a se chamar Coopercana.

A cooperativa passou a comandar direta ou indiretamente os núcleos criados nos vários municípios. Supermercados para venda de produtos para os seus associados foram instalados, vendendo produtos até mesmo para não associados, assim como infraestrutura de saúde, educação, atendimento social e apoio financeiro.

Tudo corria bem até o falecimento de Schwantes. A nova diretoria assumiu mal intencionada e logo criou uma bolha de crescimento ilusório, montando, inclusive um portentoso escritório de representação em Goiânia, mudando o esquema de direção e, por consequência a estrutura da cooperativa. Deu no que deu: a falência bateu a porta, fazendo desmoronar o sonho de agricultores e pecuaristas que, com seus familiares, regaram as terras do vale com o seu suor. A tristeza tomou conta de todos os sonhadores. Até hoje há um silêncio profundo por parte dos responsáveis pela derrocada daquela cooperativa, que era admirada e respeitada não só no Vale do Araguaia, como em todo o Centro Oeste.

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