Olhar jurídico /Da Redação – Arthur Santos da Silva
O promotor de Justiça Arnaldo Justino, em atuação no Ministério Público Eleitoral (MPE), concordou com a solicitação de dilação de prazo, por mais 90 dias, para concluir investigações em face do senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL), e da juíza aposentada, Selma Arruda.
Inquérito policial em face de Fagundes que investiga recebimento de R$ 300 mil nas eleições de 2014. Informação foi delatada pelo colaborador premiado Joesley Batista, sócia da JBS.
Ainda conforme informações do inquérito, montante foi repassado em espécie “de modo a ocultar a origem do valor “ e o dinheiro serviu para caixa 2 de campanha eleitoral. Há indícios ainda de lavagem de dinheiro.
Sobre Selma, a Polícia Federal investiga se a senadora cassada teria feito uso de documento particular ideologicamente falso perante a Justiça Eleitoral, mais precisamente de um contrato de mutuo ideologicamente falso, para dissimular a natureza do recebimento de R$ 1,5 milhão doados pelo 1º suplente de sua chapa, Gilberto Eglair Possamai.
A Justiça Eleitoral casou Selma, o 1º suplente, Possamai, e a 2ª suplente da chapa, Clerie Mendes, pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas Eleições Gerais de 2018.
O Tribunal constatou que Selma Arruda e Gilberto Possamai omitiram fundos à Justiça Eleitoral, que foram aplicados, inclusive, no pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral. Esses valores representariam 72% do montante arrecadado pela então candidata, o que caracterizaria o abuso do poder econômico e o uso de caixa dois.
Segundo o promotor, as investigações ainda estão em desenvolvimento, existindo diligências a serem realizadas imprescindíveis a formação da opinio delict, fazendo-se necessária a concessão de prazo para a continuidade da apuração da infração penal eleitoral.
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