Após um ano de implantação, sistema de videomonitoramento em Barra do Garças (MT) mostra resultados

Divulgação - MPF/MT

Projeto é resultado da destinação de recursos, por meio do MPF, de acordo de colaboração premiada no âmbito da Operação Porteira Aberta

Aumento em mais de 1500% em apreensão de cocaína e de 1600% na apreensão de maconha de 2019 para 2020; cumprimento de mandados de prisão, prisões em flagrante, recuperação de veículos roubados e/ou furtados, auxílio em deflagração de operações policiais, além de aumentar a sensação de segurança no município. Estes são alguns dos resultados obtidos pelas forças policiais Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar no município de Barra do Garças (MT), localizada a aproximadamente 500 km de Cuiabá, um ano após a implantação do Sistema de Videomonitoramento de Segurança Pública na cidade.

O projeto do Sistema de Videomonitoramento é resultado da destinação de recursos, por meio do Ministério Público Federal, unidade em Barra do Garças, de acordo de colaboração premiada no âmbito da Operação Porteira Aberta, deflagrada em junho de 2018. Ao todo foram destinados R$ 364.067,04 para aquisição e instalação de 12 câmeras OCR (sigla em inglês para Reconhecimento Óptico de Caracteres) e 14 kits de câmeras Speed Dome, bem como de insumos necessários à instalação.

O sistema é interligado com a Polícia Rodoviária Federal, propiciando, assim, o monitoramento do trânsito de veículos nas BRs 070 e 158. Com a Polícia Civil, o sistema contribui para as investigações criminais, na localização e acompanhamento veicular; mapeamento do “caminho do crime” em casos de furto e roubo e na resposta rápida a esses crimes. Já para a Polícia Federal, o sistema possibilitou a criação de banco de dados de veículos que possam estar sendo utilizados no cometimento de crimes, monitoramento preventivo e repressivo, repressão de crimes eleitorais, e apreensão de entorpecentes. Com a Polícia Militar, o videomonitoramento é crucial para o cumprimento de mandados de prisão, prisões em flagrante, apreensão de entorpecente e a recuperação de um veículo roubado.

Segundo o procurador da República Guilherme Tavares, idealizador do projeto, “o aumento da eficiência no combate ao crime pela utilização de instrumentos tecnológicos é somente um dos pontos positivos da instalação das câmeras no município de Barra do Garças. O outro ponto é a aproximação entre as forças policiais que compartilham da tecnologia e produzem maior troca de informações de inteligência, fato de definitiva importância para o êxito das investigações”.

O policial rodoviário federal, chefe da 7ª Delegacia da Superintendência de Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso (PRF/MT), Cristiano José da Silva, ressaltou que, além do combate ao crime, o projeto de videomonitoramento está contribuindo consideravelmente nos resultados apresentados. “Desde o início da implantação do sistema, seu uso tornou-se rotina entre nossos policiais. Tanto na parte de monitoramento de trânsito, acompanhamento de veículos suspeitos ou elucidação de acidentes, o vídeo monitoramento tem-se mostrado bastante eficaz. Todos os órgãos envolvidos têm feito uso e obtido resultados importantes”, enfatizou.

Dentre os resultados apresentados pela PRF/MT, após a instalação das câmeras, destacam-se quatro apreensões de entorpecentes e recuperação veículos roubados. Em 2019, foram apreendidos 64 quilos de cocaína e 32 quilos de maconha. Já em 2020, após a instalação do sistema de videomonitoramento, foram apreendidos 996 kg de cocaína e 529 kg de maconha, num aumento de mais de 1.500% em apreensões de entorpecentes. “É necessário mencionar que, além de facilitar e focar nossas ações no combate à criminalidade, o sistema incentiva nossos policiais na busca por resultados e uma melhor prestação de serviços à sociedade. A motivação entre nossos policiais aumentou bastante, o que reflete diretamente nos números apresentados”, completou o chefe da 7ª Delegacia SPRF/MT.

O chefe da Delegacia de Polícia Federal de Barra do Garças, delegado Murilo de Oliveira Freitas, informou que o acesso às imagens das câmeras teve início na segunda quinzena de setembro de 2020, e se tornaram uma importante ferramenta de inteligência policial. Freitas explicou que, em novembro de 2020, várias denúncias de possíveis ações de compra de voto foram realizadas e nessas constavam os veículos envolvidos no crime eleitoral. Assim, foi possível realizar a Operação Captura de Estado, resultando na prisão de um dos acusados que havia mudado de Barra do Garças (MT) para o município de Aragarças (GO) dias antes do cumprimento do mandado de busca expedido durante o procedimento investigativo. “A partir do veículo do alvo, foi possível, com o uso das câmeras, descobrir seu paradeiro e, com diligências complementares, precisar seu endereço”, completou.

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