/ A Bronca Popular
O vereador licenciado e prefeito interino de Torixoréu, Thiago Timo (PSB), concorre à reeleição no pleito suplementar marcado para o dia 1º de agosto. Ele disputa o Executivo com o agrônomo e produtor rural Jonnes Saggin (PL).
Para se sustentar na cadeira de prefeito, Thiago precisa superar dois desafios: convencer os eleitores e se safar de graves pendengas judiciais. A situação jurídica do discípulo e herdeiro político de Odoni e Inês é periclitante.
A juíza da 9ª Zona Eleitoral de Barra do Garças, Augusta Prutchansky Martins Gomes Negrão Nogueira, já tem elementos probatórios robustos e suficientes para melar o projeto político de Thiago. Ele corre o risco de ser consagrado nas urnas e sequer ser diplomado. Ou, se tiver sorte, pode até ser empossado no cargo, mas ter o registro do diploma cassado em pouco tempo.
No dia 22 de junho deste ano, a magistrada Prutchansky Martins acatou representação do PSD, reconheceu que Thiago Timo praticou inúmeras condutas vedadas ao gestor em período eleitoral e determinou a imediata retiradas das mídias sociais, portal da prefeitura na internet e de canais alternativos de informação toda e qualquer publicação em desacordo com a legislação eleitoral, sob pena de multa diária de R$ 1 mil por cada ato praticado.
Juíza da 9º Zona Eleitoral de Barra do Garças, Augusta Prutchansky Martins Gomes Negrão Nogueira, determinou que Thiago Timo se abstenha de usar a estrutura da prefeitura em promoção pessoal
Na representação por conduta vedada, o PSD sustentou e conseguiu provar que Timo fazia uso escancarado de publicidades de cunho promocional pessoal para passar ao eleitor a imagem de gestor ‘eficiente e realizador’ e assim desequilibrar e fraudar o processo eleitoral, sempre em vantagem pessoal.
Nem mesmo essa reprimenda judicial foi o bastante para conter o ímpeto de Thiago Timo. Segundo informações que chegaram à redação deste site, o prefeito interino continua fazendo uso ostensivo da máquina pública para alavancar e potencializar sua candidatura à reeleição em claro proposito de desequilibrar o pleito e tirar vantagem de sua própria esperteza.
Situação idêntica ocorreu no prospero município de Campo Novo do Parecis. No pleito de 2020, o então prefeito Rafael Machado concorreu e venceu a disputa pela reeleição, mas teve o mandato cassado sob a acusação de prática de conduta vedada, ou seja, fez uso do departamento de comunicação da prefeitura uma extensão de seu comitê eleitoral. Usou e abusou da estrutura da prefeitura em promoção pessoal.
Primeiro, a justiça eleitoral concedeu liminar e determinou a suspensão de todas as publicidades em desacordo com a legislação eleitoral. No julgamento do mérito da causa, Machado teve o diploma cassado e restou inelegível pelo período de oito anos.
A semelhança com o caso Thiago Timo não é mera coincidência.
Trata-se de clara ofensa aos princípios que refém a administração pública e de flagrante menosprezo a legislação eleitoral.
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