(Artigo dividido em 3 partes) – parte I I
Por Jorge Peró
Materializar a espiritualidade foi também o que fiz quando pensei estar em condições de oferecer orientação espiritual.
Quando materializamos a espiritualidade, pensamos que já compreendemos; que temos mais para falar do que para ouvir; e que mediante tais ideias alcançaremos uma determinada meta em algum momento do futuro, ou podemos ajudar alguém a alcançá-la.
Tem outra coisa que pode acontecer: como, supostamente, temos o conhecimento e saberemos como usá-lo, acreditamos que já podemos nos tornar mestres de nós mesmos!
Espiritualidade pertence ao ser eterno em nós, que só vê amor porque é amor em todas as direções. Usar a linha do tempo é “fazer”! O que, obviamente, não é o mesmo que “ser”.
Em minha experiência pude confirmar que somente no instante presente a eternidade cruza a linha densa do tempo. E que somente o instante presente tem o poder inabalável da maestria para mostrar com objetividade o quanto os modelos e as teorias são provisórias e falíveis.
A vida é dinâmica, pois está em constante movimento de expansão. Dinamismo e expansão são parte da lei, portanto, toda informação que engessa, se quebra. Pode demorar, mas não falha!
No que diz respeito à espiritualidade, alcançar uma meta é sempre algo fabricado que depende de como contamos para nós mesmos a nossa história particular.
Admitir que já não está em mim a solução é o mesmo que aceitar que existem falhas na realidade divina. Mas que fique claro: não estamos falando que essa solução deva ser buscada só com a mente. Vamos analisar se já não está implícito na definição de “buscador” que ele ainda não tem o que busca! Do contrário, para que buscar?
Mas isso é tão complexo quanto delicado, pois esse “mim” que tem a solução não é a minha identidade mortal. Essa pessoa que penso ser é justo a camuflagem que encobre a porta do meu caminho.
Essa é a parte dois de três desse assunto. Logo virá a continuação!
Comentários sobre esse artigo através do e-mail: agazetadovale@gmail.com
Jorge Peró tem 53 anos, nasceu em Volta Redonda/RJ, é escritor e professor de Reiki.
Seja o primeiro a comentar sobre "Eu sou a porta do meu caminho!"