Um bolsonarista alheio à campanha, inclusive dos aliados

Foto: Reprodução

Por Romilson Dourado

Mesmo considerado um exímio articulador político, com atuação forte nos bastidores e com pretensões majoritárias para 2026, o senador Wellington Fagundes está apático nesta campanha, evitando assumir candidaturas a prefeito em vários municípios, inclusive naqueles em que ele conta com boa base eleitoral.
Não à toa, perdeu o controle do PL em Mato Grosso, hoje presidido por Ananias Filho.

Em alguns, como em Várzea Grande, Wellington, que se diz bolsonarista desde criancinha, evita pisar os pés porque não queria o PL com Flávia Moretti à prefeita, mas sim apoiando a reeleição do prefeito Kalil Baracat (MDB), motivado principalmente pela amizade com o colega senador Jayme Campos (União).

Em Cuiabá, Wellington diz estar com Abílio Brunini para prefeito, mas sem tanto entusiasmo porque é mais próximo do deputado Botelho, que é apoiado pela nora do senador, a deputada Janaina Riva. Em Rondonópolis, o senador liberal também não se empenha no apoio ao candidato do PL, deputado Cláudio Ferreira, cujo grupo chegou a entrar em conflito com Wellington na briga por espaço no diretório local.

Wellington também não tem pisado os pés em Barra do Garças para evitar contrariar o velho aliado e candidato ao Executivo, Beto Farias, já que o senador torce pela reeleição de Adilson Gonçalves. Em Sinop, Wellington defende a reeleição de Dorner, mas evita se expor para não brigar com bolsonaristas mais radicais da região que resistiram à filiação do prefeito no PL.

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