Por Uemerson Florencio
É curioso como há ambientes escolares que são constituídos com os mais diversos tipos de profissionais da educação em suas campanhas publicitárias, mas o verdadeiro cataclisma ou os bastidores da selva, está na sala de aula. A palavra tem poder de vida e de morte, esta máxima é datada da história da humanidade. Logo, devemos ter muito cuidado com o que se fala e para quem se fala. Mas nem todos os profissionais da educação se dão conta destes aspectos comunicacionais em suas relações. E mais, o corpo fala!
Sabemos que existem profissionais que agem politicamente uns com os outros, onde muitos buscam parecer ser a representação das maravilhas, mas não são! Sabemos que cada ser humano costuma dar o que tem. E, ter um tipo de cultura deste nível no ambiente educacional, nota-se que existem muitas condutas questionáveis, a partir de jogos de aparências.
Há professores que na secretaria manifestam todas as suas belas experiências na educação para seus colegas, mas ao ingressar a sala de aula, exercitam aspectos comparativos entre os seus filhos e os alunos, entre uma turma e outra.
O que se ganha profissionalmente com estas atitudes hostis na vida de seres que estão num processo de aprendizagem e desafios frutos de muitos ambientes nos quais são originários? Como podem muitos professores numa sala de aula expressar falas tão direcionadas para alguns alunos? Vamos ler alguns exemplos:
– Vocês não querem nada com o futuro. E, você a detenção da verdade estar num nível tão elevado de comprometimento com o futuro que não está dando a mínima para eles, a sua frente.
– Vocês não me dão nem motivo para vir para a sala de aula. Eu já estou cansada de dar aulas, eu nem sei o que eu estou fazendo aqui hoje. Sim, o que você ainda faz na sala de aula que não pede desligamento e passa para outro profissional mais envolvido?
– Vocês têm que fazer melhor do que a turma da professora fulana de tal. Forçar a barra para quê? Porque esta disputa de ego com a colega e se utilizando dos seus alunos como máquina para a manobra do teu egoísmo e vaidade ardilosa? Tal expressão por si só fala muito mais de você do que das limitações dos alunos, caso existam.
– Seus pais não vão poder investir em vocês a vida toda viu. Seus pais estão em casa e eu aqui me acabando. Frases amargas, tóxicas, frustradas, carregadas de dores ocultadas ao longo da vida. Como se pode garantir uma educação de qualidade se há profissionais com discursos tão nocivos aplicados como injeção letal nas mentes dos alunos?
– Você estudando ou não, vou ganhar o meu salário. Sem considerar a história por traz de muitas ocorrências infelizes em sala de aula, há professores que sustentam na sua ocupação profissional, mas esquece que emprego não é casa de ninguém. Até que se prove o contrário, todos os seres humanos merecem uma chance para viver dias melhores. Às vezes, o que se espera dos educadores é apenas uma palavra de ânimo ou incentivo para além do ensino regular.
* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil.
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