O Vale do Araguaia sempre teve as suas histórias e sempre há diversos ângulos tanto no âmbito político quanto administrativo. Há também, claro, várias maneiras de abordagem.
Quando aqui cheguei em junho de 1986 encontrei uma cidade e um Vale do Araguaia totalmente elétrica e dinamizando havia uma dinâmica em vários aspectos que era valorizado como um todo.
Para se ter uma ideia havia em Barra do Garças o dobro de agências bancárias levadas pelo efeito Sudam quando vários empresários aqui aportaram para tirar aproveito da oportunidade que o Governo Federal repassava para destravar o desenvolvimento do Araguaia.
Barra do Garças e o Vale do Araguaia mandava e desmandava no administrativo de Cuiabá capital do estado. Se era de Barra do Garças quando ali chegavam todas as portas eram abertas.
Vale ressalta que o governador da época era o barra-garcense Vilmar Peres de Farias que assumiu por seis meses o governo no lugar de Júlio Campos que saia pra se candidatar a deputado federal. Era também aliado a esse reforço de poder o deputado estadual Roberto Cruz então presidente da Assembleia Legislativa.
Em datas posteriores Barra do Garças e o Vale do Araguaia chegou ater quatro deputados o que demonstra, como assinalamos a força de Barra do Garças e o Vale do Araguaia. Tempos depois começou o declínio político e administrativo quando várias agências bancárias deixaram a cidade e politicamente não conseguíramos mais representantes a altura no legislativo do estado.
Registrou- se também na época a derrocada da famosa Coopercana que tinha o poder de criação, juntamente com os colonos cooperados dos municípios de Água Boa, Canarana e outros. Mal administrada por seus representantes derrubou o sonho de seus cooperados e de terceiros que dependiam do seu sucesso para alavancar a economia de toda a região na época.
A quebradeira foi geral levando grande parcela de Gaúchos a se migrarem para o pequeno povoado de Primavera do Leste onde estacionaram na região. Dali muitos também partiram para o norte do estado formando na região o grande núcleo político/administrativo que se tornou hoje.
Por não eleger, em uma junção coerente vários representantes no legislativo do estado. Com isso o Vale do Araguaia foi entrando na vala do esquecimento porque não soubemos manter e ampliar as conquistas adquiridas na época. Levados por esse desastre ocorrido temos que pensar/defender a união e não para tirar proveito político sem condições de chance para se eleger.
Nossa defesa é que seja feito através de pesquisa o lançamento de um ou dois nomes na disputa para a região de Porto Alegre do Norte a Vila Rica e cidades adjacentes; outros dois nomes entre Ribeirão Cascalheira, Querência, Canarana e Água Boa e dois nomes entre Nova Xavantina, General Carneiro, Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Torixoréu, Araguainha e Ponte Branca.
Sabemos que a incoerência e a falta de patriotismo existem, mas não custa tentar, que cada região com seus respectivos prefeitos e vereadores façam a sua parte pregando a união e mostrando aos ineptos as suas faltas de condições para tal efeito.
Já que temos bons prefeitos eleitos acreditamos que podemos voltar a sonhar em ter vários representantes dando a volta por cima.
(Voltaremos no assunto…)
Paulo Batista de Melo.
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