No Dia do Artesão, celebrado em 19 de março, o Sebrae/MT destaca histórias de pessoas que apostam na criatividade para empreender.
A arte de transformar matéria-prima em peças únicas não é apenas uma expressão cultural, mas também uma fonte de renda e autonomia para muitos empreendedores. Em Mato Grosso, o setor do artesanato vem se fortalecendo como um mercado promissor, impulsionado por iniciativas que capacitam e incentivam a formalização dos negócios.
De acordo com dados do Sebrae, 60% dos artesãos brasileiros retiram seu sustento exclusivamente do trabalho artesanal, tornando o setor um importante motor da economia criativa. E, em Mato Grosso, muitos artesãos buscam empreender por meio do artesanato como uma nova fonte de renda e, para a maioria, é a principal fonte de sustento.

Esse é o caso de Maria Georgina Rodrigues, presidente da Associação Mãos Criativas do Vale do Araguaia, que desde a infância se dedicava ao bordado e à costura, conciliando o magistério com o trabalho manual. Hoje, aposentada da sala de aula, dedica-se exclusivamente ao artesanato.
“Para muitas mulheres, o artesanato é mais do que uma fonte de renda, é um caminho para a independência financeira e um espaço de realização pessoal. É uma profissão que permite empreender, transformar a arte em sustento e manter viva a cultura da região”, diz Maria Georgina.
Neste Dia do Artesão, celebrado em 19 de março, a diretora-superintendente do Sebrae/MT, Lélia Brun, ressalta a importância de valorizar a profissão e reconhecer o impacto cultural e econômico do setor. “Com criatividade e gestão estratégica, o artesanato vem se consolidando como uma oportunidade de crescimento e realização profissional. E, o Sebrae/MT está ao lado destes empreendedores para os ajudar a crescer e se desenvolver”, destaca.
Jaqueline Macedo, gerente da Regional Nordeste do Sebrae/MT, destaca que um dos objetivos da instituição é apoiar os artesãos e os ajudar a enxergar o artesanato como um negócio viável e sustentável. “O artesanato do Vale do Araguaia é uma expressão autêntica da identidade cultural da região. Além de preservar saberes ancestrais, ele gera oportunidades, fortalece o empreendedorismo e possibilita que muitos profissionais transformem sua arte em uma fonte de renda sustentável”, afirma.
Impacto sócio econômico
Além do impacto econômico, o artesanato desempenha um papel social relevante. Ele tem sido uma alternativa para jovens em situação de vulnerabilidade, pessoas em tratamento contra a dependência química e, até mesmo, um refúgio para aqueles que enfrentam desafios emocionais.

Sandra Rocha que é artesã e conselheira estadual da Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso, além de membro da Associação Mãos do Araguaia, vive da arte criativa há 40 anos. Ela destaca a importância econômica, social e cultural do setor. “O que fazemos com as mãos transforma vidas. O artesanato dá autonomia às mulheres, permitindo que muitas sustentem suas famílias com seu próprio trabalho”.
Ela relata ainda que “já vi muitas histórias de jovens que trocaram as ruas por um ateliê, pessoas que venceram a dependência química ao descobrirem o prazer de criar e mulheres que encontraram no artesanato uma terapia para dores emocionais”.
Seja o primeiro a comentar sobre "Cultura Empreendedora – Artesanato como oportunidade: empreendedores transformam talento em negócio"