A expectativa do novo
Como o observado na edição anterior, muitas expectativas estão sendo inseridas no contexto nacional. Alguns observam que neste ano que se inicia muitos desafios e incertezas estão em pauta, em todos os âmbitos e, notadamente, na economia e na política, que se traduzem em uma insegurança generalizada.
De outra ótica alguns relatam que um dos desafios, que não é local, onde muitos pensam ser na economia e na segurança, é emanado do incompatível e polêmico Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. A incerteza quanto a política de relações entre diversos países com aquele governo gera tensão.
Como o colocado por um articulista “o Brasil ainda vive a ressaca do impeachment, com o governo propondo mudanças, o PT tentando se salvar, e o renascer do confronto direita-esquerda, que todos pensávamos sepultado desde a queda do muro de Berlin e do esfacelamento da União Soviética, pode continuar”.
À margem desta linha de pensamento o povo continua sendo usado, sendo massa de manobra nas manifestações manipuladas por uns e outros, enquanto numa terceira via estão os que tiram proveito dos dois lados. Estes são os piores, porque se tornam parasitas do sistema ao não assumir posições.
Mas, voltando as expectativas quanto as relações Estados Unidos/Brasil, haveremos de entender que no mundo globalizado qualquer deslize de ações se pode escorregar por ladeiras complicadoras, motivo pelo qual os nossos embaixadores terão que saber andar em águas nebulosas, talvez não tão profundas, mas, com certeza, lodosas.
Por outro temos também o surgimento de forças paralelas que estão inserindo dúvidas quanto às ações que deverão ser usadas. Aqui em Mato Grosso o noticiário coloca que até granadas poderão ser usadas, o que significa que algo de funesto está sendo desencadeado.
Tudo isto pode ser traduzido em um empastelamento ideológico que poderá ramificar e nos colocar em situações complicadas. Fora isso ainda temos pela frente as nuances criadas no percurso do ano findo, que são as inserções de crimes diversos do colarinho branco, amarelo, vermelho e outras cores que foram assinaladas pelas centenas de operações das polícias federais e estaduais, onde muitos são os envolvidos. Conforme ainda estudos os governos e grupos políticos desfilaram e ainda desfilam todas as utopias importadas, mas elas não serviram para melhorar a vida da população. Segundo o colocado “o desenvolvimento ao longo desse tempo teve mais a ver com fatores econômicos e sociais do que com a política ideológica que, em vez de ajudar, muitas vezes teve o viés de atrapalhar”.
Os líderes de ontem e de hoje estão massacrados e até mesmo na expectativa de que algo de novo poderá surgir, de repente, pois se de um lado Lula tudo fez para desarmar o cidadão, muito colaborou para a surgimento dos grupos intra muro que agora vem desenvolvendo uma força paralela que poderá forçar outra intervenção mais radical.
Já não temos mais líderes à mão. Os políticos estão desmoralizados e os que poderiam fazer algo estão também manietados por forças ocultas e até por comodismo, pois seus salários, altíssimos, os colocam na defensiva e com o pensamento de que o melhor é deixar como está para ver como é que fica.
Como sempre é dito, “a política é a arte de dialogar e solucionar conflitos, mas não deve sobrepujar a organização do Estado. O que vivenciamos no Brasil é a ação política empregada no descumprimento das normas legais de gerenciamento da administração pública, o que leva à ineficiência, ao caos e muitas vezes à corrupção”.
Realmente isso precisa acabar para termos a estabilidade de uma nação. Temos de buscar o aperfeiçoamento institucional que garanta o funcionamento da máquina estatal, independente de quem seja o governante e que este não tenha a oportunidade de cometer ou deixar cometer os atos de corrupção como estes que hoje escandalizam os brasileiros e que são apurados pela Justiça.
Para um articulista “ao povo, pouco importa se o presidente, os ministros ou os parlamentares são de esquerda, direita ou de centro. Esse posicionamento é apenas o clichê que a classe política inventou para seduzir o eleitor e arrebatar o seu voto. O importante é termos um Estado que funcione e seja capaz de bem empregar os impostos que arrecada e com esse dinheiro cumprir suas obrigações básicas”.
A verdadeira reforma política, para o bem da nação, deve retirar a administração das mãos dos políticos e a eles reservar a grande tarefa de pensar o país do futuro e direcionar através de atos e leis aquilo que a administração pública deve executar.
Também devemos nos ater aos novos rumos políticos que se emanarão do excêntrico Trump. Descartar evoluções oriundas dos EUA é pensar pequeno. Por outro lado também não iremos esquecer que ainda temos um Moro para ir colocando fora do eixo diretivo nacional, muitos que estão pregando a anarquia em proveito próprio… Ainda há uma esperança no ar…
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