Um mal necessário

Há algum tempo Barra do Garças está carecendo de uma total reestruturação no seu trânsito, ou melhor, na implantação de um controle de estacionamento. Por ser considerada um polo regional, a cidade passou também a ser uma central de estudos, de compras diversas e de exploração turística, o que dificulta, em muitos casos, os estacionamentos diários.

Como o colocado, anos antes pelo então empresário Geraldo Quirino (In memorian), os ônibus saiam de Vila Rica e iam passando pelas cidades que margeiam a BR-158 e, lotados, iam parar em Goiânia, onde a grande maioria dos seus passageiros lá iam para fazer compras.

Tempos depois estes mesmos passageiros passaram a pararem em Barra do Garças, pois a mesma tinha se tornando um central de compras, quando grandes empresas, acreditando no seu potencial, aqui se instalaram para vender os seus produtos, a exemplo de Casas Bahia, Havan, Gazin e muitas outras.

A educação também aumentou a sua oferta de estudos universitários, com a implantação de mais um campus da UFMT, a consolidação da Faculdade Cathedral, Univar e outras, carreando para a comunidade centenas e centenas de estudantes, professores e familiares, o que fez com que nos transformássemos em uma cidade com uma população mais aglomerada e também flutuante, em vários aspectos, inclusive turisticamente.

Num primeiro momento nossa redação trouxe de Dourados (MS) a sugestão da implantação do Parquímetro, que foi repudiado até mesmo pela CDL. A administração municipal via no projeto uma excelente alternativa para colocar pingos nos is no controle do transito, mas tinha receio de assim fazer e passar a ser hostilizada pelo eleitor.

Tempos depois houve novos arremedos, passando a ser pai da ideia a própria CDL, que se transvestiu de inventora do processo alternativo, mas com outro nome. A bola rolou, rolou, e parou na marca do pênalti, pois tinha a proximidade do período eleitoral.

Agora, em início de governo, numa demonstração de visão administrativa aplaudida, o prefeito Roberto Farias autoriza, através de convênio, que uma empresa passe a explorar o estacionamento controlado.

Citado controle passará a ser oficial, conforme o anunciado, em abril próximo, já estando em fase de formatação. Num primeiro momento houve reações diversas, com uns aplaudindo e outros se mostrando contra, sob a alegação de que iriam tirar a sua comodidade de se estacionar (ele e seus funcionários) na porta do seu comércio.

Isto vem demonstrar que ainda temos mentes tacanhas, nos diversos comércios que preferem não vender para ter sua vaga garantida. Felizmente a grande maioria está a favor de se empreender, para não morrer, como fez o caranguejo ao picar a sua carona, bem no meio do caudaloso rio.

Devemos entender que quem planta, colhe…

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