O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) será investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ocorre que o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato, determinou a abertura de inquérito contra o progressista e outros oito ministros do Governo Temer. As decisões datadas de 4 de abril, divulgadas com exclusividade pelo jornalista Fausto Macedo, do Estadão, também atingem 29 senadores e 42 deputados federais.
Blairo e o grupo estão incluídos no total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao STF. As denúncias estão baseadas nas delações de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Todos os investigados têm foro privilegiado no Supremo.
A investigação do STF ainda atinge um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), três governadores e 24 políticos e autoridades que não tem foro no STF. Mesmo assim, estão relacionados aos fatos narrados pelos delatores.
Os crimes mais frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica. Existe também descrições a formação de cartel e fraude a licitações.
Outro Lado
A assessoria informou que Blairo cumpre agenda do Ministério da Agricultura em São Paulo e ainda não se posicionou sobre a decisão de Fachin. No entanto, quando foi citado pelo Valor Econômico com um dos integrantes da lista que o procurador-geral da República Rodrigo Janot encaminhou ao STF, negou com veemência.
Por meio de publicação no Facebook, Blairo garantiu que não consta na lista de Janot. “Asseguro a vocês, não há chance alguma de estar envolvido com isso. É tão certo que isso não existiu, como amanhã será outro dia”, disse no post.
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