Quem cala consente

Quem cala consente, é omisso, vive o conluio. Por outro lado sabe também que (espertamente) participando da  inércia, poderá  ser beneficiado, unilateralmente, dado a interferência do participante ativo, que exige seus direitos, que são soberanos.  

Carlos Drummond de Andrade escolheu como epígrafe do livro, Claro Enigma,  um verso de Paul Valéry: “Les événements m’ennuient”. Significa: os acontecimentos me entediam, ou me chateiam. Este parágrafo foi retirado de um texto da UOL. Dando a entender que é uma tradução livre.

Usando também um paralelo, Michel Temer poderia adotar tal sistema da inércia, ou seja, fingindo que está morto, até que as coisas se resolvam com o tempo.

Ocorre que a ciranda de rabo que abrigava poucos instrumentistas aumentou consideravelmente, nos últimos dias e, como o colocado aqui em dias passados, não há como tapar o sol com a peneira e muito menos fingir que nada está acontecendo neste País já desordenado.

Ficar na expectativa de que as peças desajustadas sejam trocadas sem arranhões é subestimar a inteligência até dos mais céticos, dos que vivem em expensas das benevolências estatais, ou seja, de uma sexta básica e seus adjacentes.

Como o colocado acima, as regras que estão inseridas neste contexto ultrapassa o senso comum, pois passou a menosprezar a lei, como se dissessem que elas foram feitas por eles e, como tal, poderão ser até desativadas, se lhes convier.

Será que o argumento ultrapassa a força, ou contra esta força não há o chamado desvio de conduta? Entende-se que são por várias razões que muitos deixaram de se encolherem para também agir, de conformidade com os ditames da verdadeira razoabilidade daqueles que entendem que está passando da hora de se buscar maneiras de estarmos em paz com a nossa própria consciência e estendermos uma teia para buscarmos a devida proteção de honestidade aos nossos filhos e netos.

Sabe-se que a lei de Deus é maior que a praticada por alguns seres manobráveis e que se sentem também poderosos e inalcançáveis, como estão sendo os atos até então praticados por eles mesmos.

O poder, como o dito, emana do povo, mas nem sempre isto está ocorrendo, pois os desvios de conduta estão atingindo uma grande parte dos poderes, com maior acúmulo aos Executivo e Legislativo, com respingos no Judiciário.

Estes, por suas vezes, antevendo dissabores futuros se cercam das devidas precauções com as imunidades que podem protelar e aquartelar futuros dissabores que lhes possam surgir no caminhar do seu projeto, quase sempre dirigido em causa própria.

Como colocou um conhecido causídico, a lei tem dois gumes, uma da verdadeira lei e outra dos políticos, que usam e abusa das benesses oriundas do próprio povo, através do voto, motivo pelo qual entendemos que saber votar é preciso…

Que não sejamos mais enganados… Que não sejamos mais chamados de trouxas e manipuláveis…  
   

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