Padrão de beleza, faça o seu!

Mariana Saggin

Ao longo dos anos, o padrão de beleza sofreu diversas variações. Mas parece que o mundo perdeu a essência, onde está escrito que temos que viver nos padrões impostos pela sociedade?

No mundo de hoje as características que ditam o que é o “ideal” mudaram muito se compararmos com alguns anos atrás, ou seja, o padrão de beleza é muito instável.

O maior problema dessas variações instituídas pela sociedade são os excessos e a compulsividade das pessoas em segui-las. A busca pelo corpo perfeito perante a todos se tornou algo sem limite e perigoso.

Temos que aprender melhor como driblar essas imposições, porque elas são passageiras. Por anos exigiram volume, depois magreza, altura, posteriormente músculos enormes, então não dá para acompanhar ou pirar com tantas “exigências”. E uma excelente estratégia para isso é ter mais atitude positiva sobre o próprio corpo. Impor o que você é, sua alma, seus valores, bem antes de como o seu corpo é. Se tivermos essa atitude, e se mantivermos um meio termo entre odiar e amar o próprio corpo, esse papo de padrão vai se exaurir.

Nesse sentido, de se ter um meio termo, foi criado no Estados Unidos uma onda chamada “body neutrality”, (neutralidade corporal, em tradução literal), a ideia central do movimento é que, antes de impor sobre si mesmo a obrigação de amar cada ‘imperfeição’ do corpo, é preciso simplesmente aceitá-las. Sem pressão, sem neuroses, sem excessos.

De todos os novos estudos e termos criados acerca deste tema, no qual eu tive conhecimento, acredito que esse seja o mais “correto”, correto/errado é muito relativo para cada um, mas a body neutrality é mais realista e neutro, por tentar mudar o foco de uma cultura tão obcecada pelo corpo perfeito para uma cultura de neutralidade.

Essa onda prega que a obsessão com o corpo é prejudicial mesmo quando ela é ‘positiva’, já que continua sendo uma obsessão. Então o segredo é não ficarmos tão apegados a necessidade de estar em um extremo ou outro desse mundo.

Os tempos mudam, os estilos também. Você pode optar em cuidar do seu corpo, ou se prender em seguir os padrões, ou ainda radicalizar e não cuidar de forma alguma do seu corpo.

Use a positividade a seu favor, o brasileiro tem essa capacidade, enxergue de forma positiva e você será neutro a tudo isso, o corpo provavelmente passará a ser menos importante.

Se hoje fosse seu último dia, você se orgulharia das decisões que vem tomando e de onde está o seu foco? Desapegue de perfis estéticos, crie o seu perfil e o seu corpo perfeito.
O tempo está passando!

“Embora eu tenha uma enorme quantidade de amor próprio, esse amor está mais ligado a quem eu sou do que ao corpo no qual eu existo”, texto da escritora Caleb Luna – da Califórnia.

Mariana SagginJornalista formada na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Analista de Mídias Sociais.

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