Está em evidencia no Brasil as discussões sobre as reformas da previdência, trabalhista, política e reforma tributária, todas necessárias para retomada do desenvolvimento socioeconômico do país. No entanto nenhuma delas surtirá efeitos positivos se a Nação não fizer a reforma moral.
O resultado devastador das últimas delações premiadas dos irmãos da JBS, Joesley e Wesley, enlamearam não só a classe política e empresarial (corruptos e corruptores), farinha do mesmo saco, mas fere profundamente toda a sociedade.
Sociedade esta, que perplexa e desnorteada, age de forma desonesta tal qual os corruptos e corruptores. Sem nenhum norte, em um dia pedem “Fora Lula”, já no outro defendem a volta do personagem considerado pela “Operação Lava Jato” como o chefe da quadrilha que levou o país ao “caos”.
Essa mesma sociedade que falsifica o combustível nos postos de abastecimento. Que vende carne estragada nos supermercados. Fornece remédios vencidos. Que aumenta o preço desonestamente no taxímetro. Que oferece propina pro guarda quando transgridem descaradamente as leis de trânsito. Sociedade que vende o que tem como um trunfo que é o seu voto.
Sociedade que em tudo dá o “jeitinho brasileiro”, que nada mais, nada menos são atos de desonestidade. Sociedade que sequer tem moral para educar os seus filhos. Que destrói o que de mais sagrado temos, que é a família.
Sociedade que convive mensalmente com um Poder Judiciário, salvo as exceções, impregnado de “foras da lei”, que nunca decidem ancorados na lei, mas sim em jogadas financeiras e de interesses políticos. Basta ver a liberdade concedida ao José Dirceu, ao Eike Batista, aos irmãos Joesley e Wesley Batista, proprietários da JBS, que viverão com toda pompa no exterior.
Livres e soltos para voar. Sendo ladrões iguais ao Lula, Dilma, Temer, Aécio Neves, Renan Calheiros e tantos outros que formam a quadrilha que acabou com a ética, a moral e a dignidade do nosso povo.
Desonestos que tiraram do povo o direito a saúde, a educação, ao trabalho, a moradia, a segurança, ao saneamento básico, assaltando os cofres públicos e comprando votos com dinheiro roubado, se reelegendo com a anuência da sociedade que cobra as reformas dos mesmos bandidos que foram por ela eleitos.
Estamos caminhando para tornarmos numa “republiqueta”, uma Venezuela da vida. Onde a baderna, o desrespeito, a bandidagem sobreporão sobre um povo acuado, perdido na sua própria falta de moral, de caráter e de ética, que está envolvido.
Que a sociedade, que somos todos nós, mude o comportamento e faça a reforma moral tão necessária e que seja urgente, antes que a vaca atole definitivamente.
Por José Arimatéia – Ex Dep. Estadual
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