Campanha de Hanseníase, Verminose e Tracoma em escolares é prorrogada até 31 de julho

GCOM/ Haillyn Heiviny

Apesar de obter a maior adesão de escolas públicas, Mato Grosso apresenta baixo registro de resultados da Campanha Nacional contra Hanseníase, Verminose e Tracoma em escolares na faixa etária de cinco anos e menores de quinze anos de idade e que estudam em escolas e creches públicas municipais e estaduais.

Até esta semana, somente 51 do total de 101 municípios que fizeram a adesão à campanha nacional, lançaram no sistema FORMSUS/DATASUS um índice baixo de escolas e escolares atendidos, contendo apenas 491 fichas preenchidas por pais de alunos das escolas cadastradas para a campanha.

Por essa razão, o Ministério da Saúde decidiu prorrogar o prazo da campanha, inicialmente prevista para terminar no dia 30 de junho, para o dia 31 de julho. Nessa nova data deverá ser concluído o registro dos resultados obtidos, destacou Regina Mary da Silva Nascimento, técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde.

“Alertamos os municípios para que realizem a digitação dos resultados e fiquem atentos quanto às metas estabelecidas, porque não haverá outra prorrogação de prazo”, afirmou Regina Mary.

As metas

De acordo com o Ministério da Saúde, a meta da campanha é a seguinte: 75% de entrega de fichas de autoimagem de hanseníase e 75% de devolução; exames em 75% dos escolares matriculados na faixa-etária; 85% de cobertura de tratamento para verminoses, e 80% de exames e tratamento para o tracoma.

O município deve preencher um formulário para cada escola, utilizando o registro individual único do MEC como identificador. Para alteração ou complementação dos dados digitados é necessário ter o protocolo gerado no momento em que formulário é salvo.

Resultados registrados

Levantamento realizado pela SES/MT apresenta preliminarmente os seguintes resultados registrados no FormSUS/DataSUS: atendimento para diagnóstico e tratamento de hanseníase alcançou até o momento 98.680 estudantes, sendo que foram devolvidas 151.034 fichas de autoimagem respondidas pelos pais; desse total, 2.816 alunos passaram por avaliação clínica, sendo que até o momento dois estudantes tiveram o diagnóstico clinico e laboratorial confirmado para a hanseníase; 39 escolas realizaram busca ativa por tracoma e foram identificados 181 alunos doentes e tratados 179 até este mês. Para o combate de verminose, 95.665 estudantes foram tratados com o medicamento albendazol.

O Estado foi escolhido por causa do alto índice de adesão ao Programa nacional, enquanto que a previsão da SES e do Ministério da Saúde era obter a adesão de pelo menos 69 municípios, houve a adesão de 101 cidades. Estes municípios representam um público alvo de 330.251 estudantes de 1.110 escolas estaduais e municipais.

Na época, esse resultado alcançado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) fez com que o Ministério da Saúde escolhesse Mato Grosso para fazer o lançamento da Campanha nacional. A SES/MT convidou duas escolas públicas de Várzea Grande para sediarem o lançamento.

“Diante dessa adesão positiva acreditamos que podemos alcançar resultados também positivos, pois isso representa prevenção em saúde e melhor qualidade de vida para as crianças e adolescentes do Estado”, concluiu a técnica da SES/MT, Regina Mary da Silva Nascimento.

Os 16 Escritórios Regionais de Saúde foram orientados a cobrar dos municípios a intensificação do registro dos dados e acompanhar a busca ativa de pacientes e o tratamento na rede básica de saúde.

Doenças

A hanseníase é uma endemia nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e com áreas de importante manutenção e transmissão. E os casos da doença em menores de 15 anos refletem circuitos de transmissão ativos, ou seja, alto risco de contaminação para toda a família.

As verminoses ainda representam risco de morte, especialmente em crianças entre cinco anos e 14 anos de idade, considerado importante grupo de risco por estar em um período de crescimento físico intenso, rápido metabolismo e com mais necessidade nutricional.

O tracoma é uma doença inflamatória dos olhos, causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis. Ocorre principalmente em crianças e, se não for tratada, pode provocar a cegueira. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe eliminar o tracoma como causa de cegueira até o ano de 2020.

Adesão

Em Mato Grosso, 215 escolas aderiram ao serviço de prevenção e tratamento do tracoma. Isso representa um universo de 39.319 alunos que serão atendidos.

Esses programas preventivos são desenvolvidos pelos estados em parceria com os municípios por meio do Programa de Saúde Escolar (PSE) articulado com o Programa Saúde da Família (PSF).

Rose Velasco | SES/MT 

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