Ele teria matado outra jovem em 2012; MP do Paraguai ainda aponta um segundo suspeito no crime
Um eletricista, já identificado pelo Ministério Público do Paraguai como C.R., é um dos principais suspeitos de ter assassinado a mato-grossense Erika de Lima Corte, de 29 anos, na madrugada dessa segunda-feira (20), em Pedro Juan Caballero.
A informação foi confirmada ao MidiaNews pelo promotor do Ministério Público paraguaio, Gabriel Segovia, que investiga o caso.
A jovem foi encontrada caída no chão da casa onde morava com uma amiga. O corpo dela apresentava pelo menos 19 facadas, segundo a perícia.
De acordo com o promotor, além de C.R., há mais um suspeito de participação no crime. No entanto, ele não quis revelar o nome para não atrapalhar as investigações.
Segovia também confirmou que o eletricista já é investigado pela morte de outra jovem, identificada como Daysi Patricia Gómez Benitez, em 2012.
O suspeito é considerado foragido da Justiça e até o momento não há informações de seu paradeiro.
Erika de Lima foi para o Paraguai há cerca de um ano e meio para cursar Medicina. Ela é filha do ex-prefeito de Pontal do Araguaia, Raniel Corte.
No final da tarde dessa segunda-feira (20), Raniel chegou a afirmar para a reportagem que o eletricista havia sido preso pela morte da filha. No entanto, posteriormente, ele negou a informação.
Velório e sepultamento
O corpo da estudante foi enterrado no cemitério municipal de Barra do Garças no final da tarde desta terça-feira (21).
O corpo dela foi velado, primeiro, no Paraguai e, hoje, na Câmara de Vereadores de Pontal do Araguaia, onde a família dela mora.
Testemunho
A dona da quitinete onde Erika morava com a amiga deu uma entrevista para o telejornal local Noticiero 3 contando como o corpo da estudante foi encontrado.
À reportagem, ela disse ter acordado por volta das 1h15 com os gritos da colega de quarto da estudante, que teria se assustado ao encontrar o corpo da mato-grossense no quarto dela, ao lado da cama.
A mulher ainda contou que não ouviu nada acontecer na quitinete onde as duas jovens moravam e afirmou que, caso tivesse ouvido algum barulho, teria buscado ajuda para entrar à força no local e salvá-la.
Para a reportagem local, a proprietária ainda relatou que viu um eletricista no local, que teria sido chamado para consertar o chuveiro elétrico.
Ela não soube dizer, porém, se o mesmo voltou ao local, uma vez que a entrada na quitinete só era permitida com autorização.
De acordo com a testemunha, a jovem sempre recebia a visita de um brasileiro, com quem ela achou que ela tivesse um relacionamento.
Entenda o caso
A Polícia paraguaia foi acionada pela colega de quarto de Erika, após ela chegar do trabalho.
Ela relatou ter encontrado a amiga caída no chão, com o corpo esfaqueado e o rosto coberto com um pedaço de pano.
Além disso, o celular não foi encontrado na casa. Acredita-se que tenha sido levado pelo criminoso.
O pai da estudante foi até o país para fazer a liberação do corpo da filha e levá-lo para Barra do Garças (a 500 km de Cuiabá), onde ela deverá ser velada e sepultada.
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