As eleições se foram, mas muitos ainda estão no palanque. A alegria dos vitoriosos, são imensas e até contagiosas com uns e trazendo o pessimismo para outros. O certo é que a guinada foi forte, pois passou de um regime de esquerda radical para uma direita que também se imagina muito mais audaciosa e com tendência de emparedamento.
Para muitos chegou a hora do equilíbrio. Conforme estudiosos, “é certo que, pelo resultado das urnas, o país passará por grandes transformações e, muito mais do que uma guinada da esquerda para a direita, terá de contar com o bom senso, tanto dos que entram quanto dos que saem ou já saíram da administração e da cena política”.
Os mais sensatos traduzem que não devem os eleitos e seus seguidores partir para medidas intempestivas e nem de retaliações, assim como os que saem (ou saíram) se apegar aos conceitos vencidos pela força das urnas e com isso tentar impedir o trabalho do novo governo. Todos nós – vencedores e vencidos -, enquanto cidadãos, temos um país para cuidar, cada um na sua posição, e o que mais precisamos é de paz e lucidez.
Muitos entendem que a nomeação de Sérgio Moro para a Justiça é uma grande esperança e tudo que se fizer contra é tentativa de impedir o avanço. Da mesma forma, a escolha de ministros sem a barganha por votos congressuais, tende a conferir mais respeitabilidade ao governo prestes a se instalar. Carecemos de paz para trabalhar e progredir.
Muitos estão a esperar que o Executivo tenha todas as condições e equilíbrio para atender as demandas do povo, o Legislativo seja capaz de exercer a sua tarefa de aperfeiçoamento legal e fiscalização sem subordinação ou interesses subalternos, e o Judiciário constitua aquele desejável poder moderador que garante a Constituição e o equilíbrio para o bom funcionamento dos outros poderes sem, contudo, usurpar-lhes as funções.
Grande parcela da sociedade está a imaginar que o momento é de virada de ciclo político-administrativo. São bem vindos os propósitos de reduzir o tamanho da máquina de governo e, principalmente, dela extirpar os cabos eleitorais, parentes e indicados de partidos e figurões, que pouco ou nada produzem mas pesam demasiadamente no orçamento.
A Educação, que tida como base, precisa analisada e a ser a Saúde melhorada através de investimentos e procedimentos adequados e a voracidade tributária contida a níveis que não penalizem o contribuinte.
A segurança pública, agora nas mãos de Moro deve ter o sistema penal e os controles sociais inseridos num contexto mais ativos e também fugirem da ideologia, pois existem para servir e garantir o equilíbrio e a salubridade da vida da população.
Urge que reconquistemos um país confiante, justo e solidário, onde haja a prevalência do cidadão, onde militantes só existam, nos partidos políticos e atuem nas áreas específicas. As repartições, os serviços, a sociedade e principalmente na rede de ensino devem estar permanentemente a serviço de toda a população, jamais de grupos. Os tempos são outros….
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