Há quem diga que os anos fizeram com que as mudanças fossem acintosas, ou seja, aceleradas, mudando posições e conceitos operacionais das pessoas, no decorrer do tempo. Claro que também havia espertalhões, violências e até transviados, mas em escala ínfima, quase inexistentes.
Havia o tempo em que, como se dizia “amarrava cachorro com linguiça”, se tratava de negócios “pitando” um cigarro de palha e tendo como documento um palavreado ou até mesmo um fio do bigode.
Também se comprava fiado na “venda” na chamada “caderneta” e só pagava tempos depois, quando da colheita, se fosse “retireiro”, ou dono de terras. Juros não havia, pagava somente o que estava escrito, fizesse sol ou chuva, pois não havia financeiras e muitos menos bancos tiradores de proveitos.
Foi no decorrer de escândalos e coisas malfeitas que tudo se conturbou, chegando a este estágio nebuloso que estamos perpetuando. A culpa é de quem? Da esquerda, do Lula, dos lalaus dos morros (Marcola e cia), do Congresso, do Executivo ou do Judiciário?
A pergunta que fica é: De quem é a culpa? Em determinados casos é possível apontar o dedo para aqueles que, por seus atos, foram os causadores da malfeitoria. Em outros casos nem sempre é possível.
O fato é que quase todo mundo se sente mais ladino que a maioria, com cada um tentando ser mais esperto que o outro. Uns compram, outros vendem; votos e a corrupção vai só aumentando. Isto em todas as camadas sociais, pois quase todo mundo quer, doravante, tirar proveito em tudo.
Falamos do Lula, do Marcola, do Cunha, do Temer e muitos e muitos outros que estão emparelhados, tentando puxar carradas e carradas de benesses para seus bolsos e também de seus apaniguados.
Como colocou um estudioso por sua vez “o mercado financeiro quer se garantir ao máximo de malfeitos e fraudes como os que têm abalado o cenário das grandes corporações das últimas décadas. Não menos importante são outros riscos em que as empresas podem estar expostas, tais como os riscos ambientais e humanos ou enormes danos causados por falhas de suas operações até todas como fraudulentas”.
Imaginemos a obrigatoriedade destas empresas a apresentarem seus mapas de risco, entre outros, para a Bolsa de Valores ou bancos de fomento e darem assento em seus Conselhos e comitês a pessoas capacitadas e experimentadas nas áreas vulneráveis! Certamente uma série de Conselheiros que apenas se preocupam nas fraudes financeiras, bom relacionamento com o mercado de capitais e lucratividade das empresas teriam que compartilhar seu lugar com especialistas que, no frigir dos ovos, dariam maior garantia de Boa Governança Corporativa aos acionistas.
Falamos nisso para não falar das outras searas, como executivas, legislativas e judicial. Claro que há as exceções, sendo difícil detectá-las pois cada um quer tirar o seu proveito, de uma forma, ou de outra.
É mais do que urgente passar a dar amplitude às áreas de especialização, colocando em cada setor citados pessoas tidas como exemplares de forma a realmente garantir uma boa e integral Governança para o Brasil.
A urbanidade às vezes constrói, outras vezes destrói tudo isso dependendo dos neurônios de seus manipuladores.
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