Bolsonaro visitará Barra do Garças

Presidente da República, Jair Bolsonaro - Foto: Sérgio Lima/Poder360

Presidente Bolsonaro estará dia 7 de junho em Barra do Garças com governadores assinando pacto pelo Rio Araguaia.

Ronaldo Couto/Assessoria Sema-MT

O presidente Jair Bolsonaro virá em Barra do Garças, na divisa de Mato Grosso e Goiás, para o lançamento do Projeto Juntos Pelo Araguaia, no dia 7 de junho. O evento acontecerá na ponte que liga as cidades de Barra do Garças (MT) e Aragarças (G0). A ação será realizada em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e foi idealizada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que convidou o presidente.

E foi o próprio Bolsonaro que confirmou presença em Barra do Garças no lançamento do projeto ambiental durante audiência com Caiado na tarde da última terça-feira (14/5) e com a presença do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A intenção é revitalizar a Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia, por meio de convênio com os governos federal e estadual envolvendo Goiás e Mato Grosso.

Logo depois, o governador Ronaldo Caiado se reuniu com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e com a secretária do Meio Ambiente, Andrea Vulcanis.

“O Rio Araguaia pedindo socorro e coube ao destino conspirar a favor de sua revitalização. Caiado e Mauro Mendes (governador do Mato Grosso), anapolinos, do mesmo partido, juntos com o presidente Bolsonaro, que assumiu o comando dessa operação. Daqui a alguns anos veremos o Rio Araguaia respirar novamente“, disse, após a reunião no Ministério do Meio Ambiente.

Pacto pelo Rio Araguaia

A tratativa desse convênio começou a ser feita aqui mesmo em Barra do Garças no dia 18/4 no encontro das secretárias de Meio Ambiente de Mato Grosso e Goiás Mauren Lazzaretti e Andrea Vulcanis. O diretor da Sema de Barra do Garças, Moacir Couto, também confirmou a agenda e disse que há possibilidade também que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, também participe desta solenidade de lançamento do pacto entre os dois estados em prol do Araguaia.

Trata-se de uma decisão importante porque o rio Araguaia está doente e precisa de cuidados especiais para que possa se prolongar. Acompanhe a reportagem do encontro das duas secretárias no mês de abril em Barra do Garças que abriu possibilidade desta parceria entre Goiás e Mato Grosso para fortalecer o rio Araguaia.

Encontro de secretárias de Meio Ambiente, em Barra do Garças, em prol do rio Araguaia

Para garantir vida longa ao rio Araguaia, o estado de Goiás apresentou a Mato Grosso uma proposta para recuperação das cabeceiras do curso d’água nos dois Estados. O projeto prevê a reposição florestal e conservação do solo de áreas degradadas na região de recarga do rio dentro das necessidades dos Programa de Regularização Ambiental (PRA) identificadas em pequenas e médias propriedades, assegurando a disponibilidade hídrica para as futuras gerações.

“Em Mato Grosso, sempre voltamos nossos olhos para a Amazônia. Sem deixar de lado a floresta, vemos a oportunidade para ampliarmos nossas ações na região do Cerrado, em especial no Araguaia”, destacou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, que irá apresentar o projeto ao governador Mauro Mendes. De acordo com a gestora, o governador já sinalizou apoio à causa e a união entre os dois estados é primordial para que o projeto entre em ação.

O projeto foi apresentado a Mato Grosso pelo Estado vizinho em Barra do Garças na última quinta-feira (18.04). A secretária de Estado de Meio Ambiente de Goiás, Andrea Vulcanis, lembrou que a população goiana tem um carinho especial pelo rio que é amplamente utilizado para atividades turísticas e de lazer. “Este é o primeiro passo de um caminho a trilhar. A integração entre os dois Estados irá garantir força ao projeto para captação de recursos para sua execução”, projeta Vulcanis.

Baseado na experiência do Instituto Espinhaço em Minas Gerais, o projeto pretende ser o maior programa público de recuperação e revitalização de bacia hidrográfica no país. Em solo mineiro o projeto “Semeando Florestas, colhendo águas na Serra do Espinhaço” atuou na reposição florestal com mudas nativas em 61 municípios. Além dos estudos para identificação das espécies mais indicadas, o projeto também se preocupou em selecionar árvores de maior valor agregado, garantindo novas alternativas de renda aos produtores.

Segundo Luís Carlos Oliveira, fundador do Instituto, a ideia é ir além da ideia de comando e controle, oportunizando aos Estados a produção de água como negócio. Após um amplo diagnóstico realizado por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR) nas cabeceiras do rio, a proposta da entidade é que sejam recuperados 10 mil hectares, sendo 5 mil em cada um dos Estados, em um período de até quatro anos.

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