Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, na live desta manhã sobre a Covid-19, deu um parâmetro para fazer isolamento radical contra contágio do coronavírus. Quando a rede hospitalar disponibilizada à pandemia estiver 80% ocupada, segundo ele, é hora de fazer o chamado “lockdown”. A palavra, em inglês, quer dizer confinamento. Seria o caso de não sair de casa para absolutamente nada.
Em Barra do Garças (a 516 km de Cuibá), que tem o maior número de óbitos – 4 confirmados – já se fala em adotar a medida. O prefeito Roberto Farias (MDB), diante da última morte, disse que não quer cemitério cheio de mortos, como tem ocorrido em Manaus (AM), por exemplo, e ameaçou radicalizar.
O secretário de Saúde disse que fazer lockdown com 80% de ocupação da rede hospitalar não é uma opinião dele, mas medida preventiva que precisa ser tomada, quando se chega próximo do colapso. Caso contrário, “médicos terão que decidir quem vive e quem morre, porque não vai ter leito para todo mundo”.
Segundo ele, a ocupação dos leitos em Mato Grosso ainda é baixa, de menos de 15%, portanto não há cenário geral para lockdown. No entanto, cada prefeito, como o de Barra, tem autonomia para tomar a decisão, mesmo que não tenha 80% da rede ocupada, mas prevendo uma explosão de casos.
Em Várzea Grande, nesta quinta (14), o governo entregou ala da Covid-19 no Hospital Metropolitano, e até 4 de junho o Estado deve somar 337 leitos de UTI e 925 enfermaria.
O secretário reconhece que temos sobnotificações e que os números devem aumentar nos próximos dias, já que Mato Grosso é o terceiro pior Estado em cumprimento do isolamento social. Ainda tem muita gente transitando nas ruas, por motivos fúteis. Segundo ele a regra é clara: “Mais gente na rua, mais contaminação”.
Keka Werneck/RD News
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