E o impasse dos lixões no Brasil
Nesta sexta-feira comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, data esta que tem preocupado ambientalistas. Prestes a completar 10 anos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a erradicação dos chamados lixões a céu aberto está longe de sair do papel. Enquanto isso, acumulam-se na mesma proporção das montanhas de lixos os danos ambientais e os graves problemas à saúde dos brasileiros.
A lei, de 2010, determina o fechamento de todos os lixões e a destinação adequada de rejeitos – aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado. No entanto, quase nada se avançou quando ao assunto é a erradicação dos lixões em todo o país – já que 60% das cidades brasileiras ainda mantém os chamados lições a céu aberto – 3353 municípios ao todo -, causando graves danos ambientais e à saúde da população.
Neste contexto e, sob o ponto de vista da saúde pública, além do aparecimento de várias doenças como dengue, febre amarela, zika e chikungunya, parasitoses e tantas outras, aliadas à estrutura deficitária e escassez de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), somam-se os elevados custos sociais e econômicos nos gastos públicos do município, Estado e União.
Outro dado extremamente preocupante: as chamadas zoonoses – doenças infecciosas capazes de ser naturalmente transmitidas entre animais e seres humanos – representam 60% de todas as doenças infeciosas em humanos e estão em ascensão devido à destruição dos habitats selvagens decorrente das mais diversas atividades econômicas. Ou seja; em grande escala, essas doenças, além dos impactos negativos na vida em comunidade afetam, de maneira extremada, o tripé da sustentabilidade – a economia, a sociedade e o meio ambiente.
Por Sabrina Beckler / Com Redação
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